quinta-feira, janeiro 28

Por vezes a vida troca-nos as voltas e aquilo que dávamos como garantido já não é tão garantido assim, e aquilo que esperávamos não acontece tal como se esperava. A vida é assim uma treta e quanto maiores são as expectativas que fazemos dela maior a desilusão. Mas será uma desilusão no verdadeiro significado da palavra? Possivelmente é uma fase, a mim mesma me tento enganar com esta de ser só uma fase. O que mais me arrelia mais do que tudo é o ser humano ser inconformado e insatisfeito. Pois, mas o que fazer? Se calhar vou esperar amanhã acordar com um ânimo diferente deste que me tem consumido nos ultimos dias...ou terá sido nas ultimas semanas?...ou serão meses?...seja o que for vou engolir em seco, ser palhaça e esperar que seja só uma fase e que tudo volte à normalidade...será que volta?


Um dia viro a minha vida de pernas para o ar!

quarta-feira, janeiro 27

Lisboa

Este cantinho à beira mar plantado pela qual me estou sempre a derreter e me derrete sempre de cada vez que descubro um novo sítio, um novo local...ai!
Numa incursão a um local no centro de Lisboa uma vez mais me surpreendi pela diversidade de pessoas e de espaços que existem na nossa capital. Lojas, cantos e recantos de tudo e mais alguma coisa nos locais mais inesperados e inusitados...simplesmente adoro.
Isto é patético e mais rídiculo ainda não conseguir transpor para palavras o quanto adoro esta cidade!!
Mesmo presa no trânsito, esse já o aprendi a encarar como algo de natural. Se me irrita? Claro que sim, mas tento sempre adoptar a postura de "não adianta stressar que os carros não saem da minha frente apenas porque me chateio, mais vale respirar fundo e apreciar o que rodeia". Enquanto espero no trânsito que os polícias tirem o reboque da frente e o sr velhinho passe a passadeira, olho e levanto a cabeça do volante...nada melhor que olhar para as lojinhas e ver coisas curiosas como um outlet de roupa americana vintage e as fachadas...
...ai as fachadas! Sou uma apaixonada por fachadas e faço questão de olhar para a cidade como se fosse uma turista que a visita pela primeira vez e o que me derreto pelas nossa fachadas e telhados diversos...são belíssimos! Por mim andava sempre de bloco e lápis em riste e colocava Lisboa no pause para a poder imortalizar num carvão. Mas mesmo o carvão não iria mostrar o brilho o encanto desta cidade.
Acho que continuo apaixonada, por Lisboa.

domingo, janeiro 24

Ontem num jantar de amigas falava-se sobre o sair de casa e as dificuldades logísticas e económicas que isso implica, conversa vai, conversa vem e algumas explicam no que têm já para quando tomarem esse passo, o de sairem definitivamente debaixo das asas dos pais. No regresso a casa ia a pensar nessa mesma conversa e intrigada questiono-me, porque será que uma rapariga diz claramente:
- A minha mãe há dias ofereceu-me um trem de panelas.
Mas, o que me faz confusão é porque raio os rapazes não dizem esse tipo de coisas? Será que as mães dos rapazes (tal como a minha) não lhes compram esse tipo de coisas? Ou será que eles não querem admitir que já têm essas coisas? Olhando para os meus amigos mais próximos, não imagino que qualquer um deles tenha sequer um paninho de lado para quando sairem de casa dos pais. Será que as mães dos meninos não tem o instinto para esse tipo de compras? Ou estarão elas à espera que a namorada do filho seja uma rapariga tradicional e precavida e já tenha um baú cheio de coisas
No que toca à minha pessoa bem que posso sair amanhã já de casa que nem um paninho terei para levar comigo, claro está que esta ausência de coisas é uma questão de gosto pessoal e de decisão imposta à minha mãe, avó e tias. Elas estão desde cedo bem ensinadas quanto à proibição de me comprarem esse tipo de objectos, pois os poucos que tentaram incutir-me acabei por lhes dar logo uso. 
Sim sou uma peste!
Eu quando sair de casa e precisar de comprar tudo irei ás lojas da especialidade e farei uma listinha para dar a todas as pessoas que durante a minha vida me queriam dar paninhos e lençois e assim dar-me-ão algo que me faça realmente falta e acima de tudo, ao meu gosto!

sexta-feira, janeiro 22

Ursinhos Carinhosos


Creio que poucas sabem, mas eu Adoroooooooooo os Ursinhos carinhosos. Quem não se divertiu com eles, a vê-los à tarde na tv, eu própria cheguei a alugar os filmes deles no clube de video. O que eu delirava, e deliro com estes ursinhos amorosos. Claro está que andei a babar com os vídeos que existem pela net, especialmente o video de abertura em português do Brasil claro está, que em português de Portugal tira toda a magia aos bonecos. Pois eu ainda sou do tempo em que as dobragens eram feitas em português do Brasil.
E a ti minha irmã que não viveste nesta altura não percebes a magia dos ursinhos carinhosos e mesmo eles não sendo todos ursos, são todos ursinhos carinhosos...tenho dito!!
Os ursinhos carinhosos,
estão aqui para ajudar.
Os ursinhos carinhosos,
se precisar é só chamar.
E hoje, comprei umas calças lindas com os meus adorados ursinhos carinhosos...doidices eu sei!

É bom ter tempo para matar saudades e estarmos com pessoas de quem gostamos e que sem quererem marcam a nossa vida. Gosto mesmo de momentos desses e notar que embora com menos tempo há coisas que não mudam e continua-se a poder falar de tudo, trabalho, parvoíces, futilidades, assuntos mais sérios, como se o tempo não tivesse passado...e isto, isto é a amizade! 
Amoro-te

quinta-feira, janeiro 21

Pais...
Muito poderia eu contar com as histórias com que lido todo o dia, mas irritam-me e muito mesmo! Estamos num país onde para se entrar em medicina temos que ter grandes médias, para se ser pai nem exames psicológicos precisamos fazer e no entanto qualquer uma das funções mexe com a vida humana! 
Aliás, basta mesmo fazer criancinhas para o governo ficar feliz e depois delegam-se funções para as escolas e para quem lá trabalha com os seus filhotes. Conheço pais que nunca o deveriam ter sido, ou então deveriam tirar um curso Como ser pai em x lições. Eu não o sou e até posso imaginar a trabalheira que as criancinhas dão e até me atrevo a dizer que dão mais trabalho que sei lá o quê...mas permitam-me ser prática, nem todos os podemos ser. Consigo pensar nuns quantos pais que apenas o são porque a sociedade assim o diz e porque fica bem, crescer, casar e ter um ou até mais filhos. E depois, depois alguém que se responsabilize por eles e que lhes dê a atenção e o afecto, pois os pais já se matam para meter comida na mesa...
...tretas!!
Arrisco-me a dizer que a maioria das crianças que acompanho tem famílias disfuncionais e nem me refiro monetariamente, mas sim em termos de dinâmica familiar e afectos...entristece-me que essa maioria se intitule de pai. Tenho pais que deixam os filhos em casa para irem para festas, outros que os tratam como se ainda fossem bebés para  encobrir carências que os próprios pais sentem dos seus cônjuges e pais em situações de divórcio em que as crianças são os trunfos das suas batalhas...
...enojam-me!!!
Que é que eu posso fazer? absolutamente, nada!
Não é mito, eles existem...



terça-feira, janeiro 19

Carro Monchérie Vs Moi même

Eu passo tanto tempo no interior do meu bombom e histórias e sustos juntos são mais que muitos, creio que dava um livro com vários volumes. Mas neste meu carro o que realmente me tira do sério são apenas as suas birras e macacadas que me estupidificam ao máximo...sim, eu assumo não entendo nada de carros senão andar, lavar, aspirar, meter gasolina, meter ar nos pneus (é recente) e pouco mais...nem me peçam para abrir o capot que para isso tenho de parar para pensar.
É importante referir que meu carrito é de 96 e com ele vem as maleitas da idade, a ultima deste meu querido foi andar com uns 3L de água na mala, junto ao pneu suplente...e não, não dei conta, e não, não ouvia o barulho, pois as tralhas de jogos e afins são tantas que tudo que faça ruído é tralha de trabalho. Se não fosse o meu pai querer perceber de onde aparecia tanta humidade no interior do carro um destes dias tinha de andar de carro com o biquini vestido. Ainda por cima a causa era simples, borracha da mala ressequida que abriu uma racha por onde a água ia infiltrando.
O que me vale a mim é ter um pai que me trata todas as manhas do meu carro senão a esta hora estaria a meter a perna a render para pagar as contas do mecânico.
Uma das suas manhas mais parvas, foi quando o sistema eléctrico andava todo trocado de tal maneira que carregava no botão para desembaciar o vidro traseiro e acendia o stop. Outras tantas vezes fiquei sem vidros eléctricos que aquilo simplesmente avariava por tudo e nada...carros italianos, pfff! A manha do vidro ainda se mantém...ainda ontem tentava abrir o vidro direito e nada, só depois de ir ao botão na porta direita é que o botão da minha porta começou a funcionar.
Pobre bombom, pede reforma e eu não lha dou, pelo menos tão cedo nada feito.
Verdade seja dito, nem tudo é culpa do pobre carro! A minha azelhice já fez das suas também, não me esqueço do dia em que vim da faculdade para casa com o pneu completamente vazio, de tal forma que teve que ser trocado por outro e eu nem notei nada! Pensando melhor, mais vale não contar mais azelhices minhas...


Eu nem desgosto dos ídolos, se bem que apenas a fase dos cromos me consegue prender em frente à televisão. Esta fase das galas não é para se ver, é para se ir vendo, mas esta actuação deixou-me colada à tv. 
Gosto mais da Diana a cantar do que o sr Rui de Carvalho (ele que me perdoe).

terça-feira, janeiro 12

Numa das minhas poucas incursões pelo youtube deparei-me com esta musíca que já não ouvia há imenso tempo. Aliás lembro-me bem da ultima vez que a ouvi, ia eu a caminho de uma escola quando ainda estava em Portalegre de manhã cedinho e ao ouvi-la na rádio não tive a reacção até então habitual, de a mudar, não, dessa vez ouvi-a, sorri e descobri aquilo que a razão me teimava em negar...estava apaixonada! Sou uma piegas assumida...ai...
Que fique aqui declarado que eu gosto imennnnsssssssssssssooooooooooooo do que faço enquanto terapiota, mas há coisas aliadas a esta profissão (e também a outras, bem sei) que eu detesto!
Há coisas que enquanto profissional me tiram toda a pica de acordar pela manhã...e nem me refiro ao não ter recebido ainda e estar a recibos verdes...falo mesmo das condições logísticas em que o faço. Deploráveis, lamentáveis e tudo mais acabado em "áveis". Isto de andar de escola em escola a correr que nem doida já é mau, ter de o fazer com este frio e chuva ainda pior. Especialmente quando se chega à escola e só me falta mesmo é estar à chuva porque as salas frias e geladas são o mote das minhas semanas. Se numas faço terapia em salas de isolamento, noutras em salas do lanche em que há professoras que se dão ao descaramento de beber o chazinho a olhar para mim e para as crianças, outras salas são na realidade balneários gelados e impessoais e o melhor em igualdade com o balneário só mesmo uma sala apelidada de "sala dos leites" que não é mais que uma sala de arrumos onde o cheiro a humidade tresanda e me entranha pelos ossos onde o aquecedor existente espalha todo o cotão possível pelo ar.
Eu olhando de fora até sei que tendo em conta a pequenez das escolas associado a muitas crianças e muitos técnicos que por lá andam não há espaço para todos e portanto uma pessoa tem que se cingir ao que tem. 
Na realidade não me importava nada de actualmente estar já a trabalhar comodamente sempre no mesmo gabinete, totalmente instalada para não andar a fazer a selecção de jogos que consigo carregar num determinado dia...ter tudo à mão e estar num espaço onde me sinta bem, que eu possa afirmar como sendo meu!
Esta vida de terapeuta não é nada fácil e isto do ser humano ser inconformado ainda dificulta mais a minha vidinha. Se o ano passado me queixava de estar longe de casa este ano as queixas são outras. Estou cansada de trabalhar em educação, muito disto devido às condições em que tenho de trabalhar, isto desmotiva e tira a vontade de saltar da cama em manhãs como a de hoje em que chovia a potes, já para não falar das áreas de intervenção que não são a minha predilecção!
Ai...i wish...

terça-feira, janeiro 5

Bebedeira ou Loucura

algo que de algum tempo para cá me tem intrigado, mais e mais. O que se passa é que existem pessoas que devido a pouco contacto comigo ou apenas não me conhecem bem sempre que me vêm em contexto de festa, descontraído, partem sempre do pressuposto que estou bêbeda. Eu? Uma quase-abstémica!
Desde as festas de faculdade ás jantaradas que eu passo sempre pela mesma situação, em que mesmo tendo apenas bebido um pouquinho de sangria durante a refeição, depois se vamos para algum lado dançar ou assim eu acabo por descontrair e ser eu mesma, um pouco doida e acabo sempre por me ver a justificar a minha sobriedade. Desde quando tenho que o justificar? Já bem me bastam as operações-stop em que também os Srs Polícias tiram as mesmas ilações, terei eu ar de bêbeda?
Uma pessoa já não se pode divertir?! Bem sei que eu por norma sou sossegada, calma e responsável. Sou aquela amiga que afasta os amigos/as bêbedos/as das possíveis brigas, dos lapas e das pessoas com outras intenções, bem como impeço de fazerem figuras tristes que não se querem lembrar no dia seguinte....eu faço tudo isso, e depois uma noite que desligo o botão da responsabilidade e apenas me divirto a pergunta que oiço sempre é "estás bem?"...what the hell!! Porquê?Porquê? Nuns quantos jantares da faculdade pessoas que não pertencem ao meu grupo de amigos acabam sempre por fazer algum comentário e eu dou por mim sempre em justificações...coisa que uma pessoa bêbeda também faria, o grave é que eu estou de facto a dizer a verdade. Tenho a fama mas não tenho o proveito, não é justo! 
Graças ao meu corpito sei quando é para parar pois os açúcares começam a baixar e entro em estado de tonteria (tonturas para os comuns mortais), embora me dê rápido, ao final de uns 15 minutos estou novamente sóbria, pois este metabolismo é maravilhoso. Eis senão quando na passagem de ano já tinha ultrapassado a tonteria e estava já óptima a fazer um rabo-de-cavalo um amigo me vem fazer a célebre pergunra "cris, estás bem? mas estás mesmo bem?". Estava bem sim, apenas estava completamente descontraída no total do meu elemento.
O erro deve ser meu, pois não são muitas as pessoas que me conhecem neste tipo de contexto, mas eu sou assim mesmo, meço cada contexto onde estou e tento portar-me como tal. Até porque pensando bem, grave grave é quando estou bêbeda de sono...mas isso conta-se pelos dedos de uma mão quem me conhece nesse estado. Enfim!

Estou a fazer a fotossíntese...
...Sentada no sofá com uma manta sobre as costas a ganhar coragem para levantar o rabo e ir buscar lenha para acender a lareira entrou-me há pouco um sol pela janela dentro de me cegar. Se por norma o primeiro impulso seria fechar o cortinado, hoje não, aproveito cada raio que me cega e me aquece por dentro só de pensar que faltam 3 meses para a minha tão adorada Primavera.
Até acho piada ao Inverno e a tudo que lhe está associado, mas passada a época festiva começo automaticamente a ansiar por aqueles dias de temperatura amena em que sabe muito bem andar na rua a passear e a não fazer nada.
PrimaVera volta, estás perdoada!!!

domingo, janeiro 3

Ontem vi uma pseudo-moda que começa a ser tendência, e que tendência mais medonha...As leggins há muito invadiram os nossos guarda-roupas para usar por baixo de cações, saias e mini-vestidos. Até aqui tudo bem, mas quando as pessoas simplesmente as usam como umas calças comuns...hmmmm...eu torço o nariz! Fica demasiado explícito, nota-se tudo, todos os contornos do corpo como uma segunda pele. Eu não gosto e não gosto de ver, especialmente quando as misturam com cuecas fio-dental...atentado!! Amiguinhas please, não se esqueçam de colocar nem que seja um camisolão, só as leggins não, é demasiado!! (nem consigo ter vocabulário para não ferir susceptibilidades)


A propósito, se algum dia sair assim à rua alguém que me dê com uma marreta na cabeça!!!!