Penso, muito rápido e uma vontade imensa de fazer bolo de chocolate apodera-se de mim. Não que esteja carente de açúcar, simplesmente me apetece. Não quer dizer por isso que seja bom sinal, cozinhar ou enfiar no duche assim do nada, significa que algo se passa. O que se passa nesta cabeça tonta? Nem eu sei, a desconfiança essa nem existe, ou se calhar estou em estado de negação. Mas eu pensava ter as minha ideias mais que arrumadas. Nã, não é nada. Certamente neura de segunda. 

O bolo?

Pois, uma chávena de açúcar, uma chávena de chocolate em pó...farinha...farinha?...corro tudo e nem resquíscio da branquita.

O bolo? 

Esse terá de ficar para outro dia, com apetite ou neura a precisar de distracção.

Há dias em que acordo e me apetece gritar ao (meu) mundo o quanto 

gosto de ti!

Oiço, aconselho e penso melhor sobre o assunto...

...As pessoas por vezes não sabem lidar muito bem com os obstáculos que a vida lhes dá, e há reacções de todo o género, sendo as reacções mais comuns, fechar em casa ou sair diariamente. Eu não sou ninguém e se em tempos me fechei em casa, também tive tempos em que saia quase diariamente. 

Quanto ao fechar em casa eu sou mais prática, não! Porquê não? Porque nem sempre fechar e isolar do mundo é boa ideia. Só se pode fechar em casa caso haja uma grande rede de apoio por trás e isso na maioria dos casos não acontece. Eu devo ser uma sortuda porque em período de ficar em casa havia sempre alguém que ligava, que aparecia que escrevia umas palavras sentidas e que me fazia reagir para a vida...mas nesta situação, mesmo fechada em casa não dá muito jeito fechar para o mundo, pois assim a rede de apoio não pode fazer tudo sozinha...também temos de estar disponíveis e de coração e alma aberto.

Quando saímos bastante, tenho uma opinião muito bem formada...pois também já passei por isso. Após um desgosto a ultima coisa que queria era estar em casa a pensar na vida ou então ter todas as pessoas sempre a perguntar como estamos...em altura dessas o que sabia bem? Sair com este, com aquela, com aquele outro pessoal...de preferência quanto menos íntimos nos forem tanto melhor que assim não precisam de saber de tudo sobre nós e saberem que estamos na fossa. Afinal de contas, o ser humano é a espécie com maior capacidade de camuflar sentimentos, especialmente os depressivos e de tristeza. Em tempos saía, andava esgotada fisicamente, mas a alma essa andava entorpecida por tentar andar pela vida a levitar a não ser eu mesma, estando sempre disponível para todas e mais algumas pessoas que iam aparecendo. Com isto apareceram muitas pessoas com interesses por trás, querendo sempre algo mais do que aquilo que pretendia ou queria dar. Os interesseiros esses, continuo a chamar de antidepressivos, mas ainda assim tal como os químicos que se compram na farmácia, tudo que é demais faz mal e esses amigos antidepressivos não fazem bem a ninguém. Não resolvem os problemas que temos na vida, apenas anestesiam a nossa capacidade de pensar e de ser. Por vezes necessitamos de parar para pensar e ficar em casa, a chorar...a chorar o tempo que for preciso, e olharmos para nós e decidirmos e curarmos as nossas feridas. Sem esperar que este ou aquela amiga nos façam bem ao ego com as suas companhias e nos façam esquecer esporadicamente as mágoas que carregamos. A quem sai de casa com o medo de pensar na vida, eu apenas tenho a dizer que por vezes precisamos mesmo de ficar em casa e de aterrar na realidade que é a nossa vida para assim seguirmos na real da nossa vida, sem cair em armadilhas de terceiros que a ultima coisa que nos querem é fazer-nos felizes. Eu, hoje, sou contra amigos anti-depressivos. A quem neste momento os usa abusivamente nas suas vidas eu preferia bem mais que pegassem no telefone e dissessem a um amigo o quanto estão mal e que precisam de ajuda. Admitir que precisamos de ajuda, é meio caminho andado para sairmos da fossa em que fazemos de conta que não estamos por lá!

Há alturas em que nos deixamos levar pela frase do "já não tenho idade para isso". Mas o que é ter idade? Onde está escrito que se pode ou não se pode fazer ou usar determinadas coisas? Em tempos fui uma dessas  pessoas, e por vezes dou por mim a pensar assim, não só ao apontar o dedo aos outros, mas acima de tudo e mais grave ainda quando aponto para mim própria. Desde quando é que eu aos meus 26 anos não posso fazer isto ou usar aquilo. Venço uma barreira de cada vez, como atleta olímpica da minha própria vida, ultrapasso obstáculos sem ligar alguma aos que assistem de fora. Para preconceitos já bastam os que imponho a mim própria, desta feita creio estar mais crescida por não me impor à frase do "não tenho idade para isso".

Eu cá ando feliz da vida. No pouco tempo que tenho tido para ir a centros comerciais, tenho conseguido ver em muitas sapatarias Oxford shoes...eu gosto muito. Dos rasos não, mas este ano já consegui ver com saltos de todos os tamanhos, uns óptimos para trabalhar e outros nem tanto...mas são todos tão lindinhos. Há um par em particular que já "catrapisquei" e hão-de ser meus!!!

Um burro nunca teima sozinho...eu só teimo quando TENHO razão, apostas só as faço quando sei que VOU GANHAR! Tens um mês...para eu cantar vitória.

Já disse que estou FARTA de 2010? Pois é, estou e de quem maneira. Não é o ano esteja a ser mau, sinceramente vai de mal a pior, péssimo mesmo. Se calhar nem tanto comigo, porque a pouco e pouco vou alcançando os meus objectivos, agora quando os que mais gosto não estão bem eu também não estou. A vida desta família desde o início do ano que tem sido uma montanha-russa, ainda estamos a recuperar da ultima curva e PIMBA lá vem um lopping. Já referi que não sou fã (nem pouco, mais ou menos) de montanhas russas e especialmente de me ver de cabeça virada para baixo. Cérebro não oxigena, não descansa. Eu quero descansar e quero que todos à minha volta também estejam tranquilos. 

Por isso, oh tempo acelera até 2011, recheado de muitas e muitas coisas boas...porque pior não poderá ser...ou será que pode!!!

Saída antecipada

Mana caçula saiu, para uma terra não muito longe, mas longe o suficiente para andar uma família de coração partido e lágrimas fáceis de escapar. Ligar-lhe não tem sido fácil, pois o desânimo do outro lado da linha é existente. Está numa de alinhar em tudo que é praxe, para assim o tempo passar mais fácil. Mas o chegar dela a uma casa que não a própria e estar praticamente sozinha é de se lhe partir o coração e o nosso também. As emoções essas não estão fáceis de digerir. O medo e a expectativa do futuro é assustadora, depois da primeira banhada. Ai vida, como consegues ser uma má surpresa!!

Look how far we've come

....cansada. 
Nem sei quantas vezes já não repeti esta palavra aqui no blog, mas a realidade é que estou. Estou cansada fisicamente, psicologicamente, estou cansada das vicissitudes da vida, estou cansada da ausência e inércia das pessoas, estou cansada que me aborreçam, estou cansada das pessoas, estou cansada destas paredes, estou cansada de injustiças, estou cansada da incerteza...

...cansada.

...Hoje não estou para o mundo!

Há dias em que me sinto a carregar o mundo nos meus ombros...

Depois de o devaneio veranil em cortar o cabelo como nunca...sim, na altura até gostei. Mas agora quero muito que ele volte ao comprimento que estava antes e para isso tenho que ter muita paciência para saber esperar. É que ele agora está numa fase parva, num tamanho que não é carne, nem peixe...é tofu! Eu queria ser como uma barbie que existia quando eu era miúda que se podia cortar o cabelo e depois puxava-se e ele voltava a crescer. Quero o meu comprido again, mas sem puxões, claro!

O que hoje eu não dava para passar a tarde estendida aqui durante esta tarde nublada.

Quero muito, muito mesmo!!

Lembro-me de perguntares no nosso jantar quem cantava esta musica, pois bem aqui vai...arranjar com melhor qualidade foi missão quase impossível. Jantar gostoso, na melhor das companhias...quero muitos muitos muitos assim!!

Irmã caçula ficou colocada em Santarém...

...Respirar fundo e tentar interiorizar que nada acontece por acaso. Só com o tempo se irá perceber a lição a tirar de tudo isto! Eu? Só a queria voltar a ver feliz.

Dizem que por vezes para encontrarmos a tão ansiada paz interior temos de olhar para dentro, em vez de olharmos para o que nos rodeia e está mal na nossa vida. Eu andei alguns tempos a dormir mal com a ansiedade em alta e cansei-me de tudo isso, parando para pensar e ponderando sobre o que queria na minha vida e no que me faria bem. Comecei no interior do labirinto e finalmente começo a ver o fim, porque hoje é dia de tratar de assuntos sérios sem medo de confrontos e mandar às urtigas tudo o que não me interessa e só me tira horas de sono.

Chegou o dia, hoje é o dia!

Se é o mais correcto a fazer só o tempo me dará essa resposta num futuro próximo, mas hoje e depois de muito pensar creio e tenho quase a certeza que não me arrependerei. Porque eu, só me arrependo do que não faço!!!

Há dias assim, em que se acorda e mal se vê o sol gostoso ficamos, como que a flutuar de bem com o mundo e com vontade de dar "bom dia" a todas as pessoas com que nos cruzamos e dizer "eu amo você" ao senhor que nos ofende no trânsito. Mas depois aparece uma pedrita no caminho que nos faz tropeçar e torna o céu nublado, tal como o estado de espírito.

Se há coisa que desejo com toda a força do mundo, é que a minha paz interior esteja para breve, muiiiiitttttttoooooooooo breve!!

Hoje fiz contas à vida e deparei-me com algo que me inquietou e me irritou...a possibilidade de ter de fazer retenção na fonte, somente para não ter os senhores das finanças à perna! Malditos, e eu não quero nem pensar ainda na percentagem que me será roubada. Ainda para mais só de pensar que pessoas casadas e em união de facto há dois anos não têm tanto que descontar, dá-me vontade quase de casar só pela vantagem de não descontar tanto para as finanças...mas isso não faz sentido.

Ai vida, vida!

"Quem quer casar com a Carochinha?"

Eu de vez em quando tenho momentos iluminados e à conversa cheguei à brilhante conclusão que a minha geração é "a nata da nata" pois nós somos a geração que mais coloca natas nos seus pratos. Os nossos pais quando eramos pequenos poucos eram os que colocavam natas na comida, aqui em casa só muito pontualmente se utiliza esse ingrediente q.b. delicioso e muito calórico, devido à incapacidade de determinadas pessoas conseguirem comê-las, mas não é grave pois assim não se transforma este ingrediente em vício. Qual será o ingrediente da geração seguinte?

Post parvo e sem sentido, hoje estou dada a isto, talvez seja da noite mal dormida, que visto bem começam a ser umas quantas...

A necessitar de outro fim-de-semana para finalmente descansar.

Pessoas...

Dizem-se adultos com atitudes piores que as crianças.

Em tempos escrevi aqui algo sobre os amigos terem prazo de validade, tal como os iogurtes. Na altura houve uma ou outra pessoa a quem lhe serviu a carapuça e ficaram ofendidos comigo, perante a dura realidade.

Hoje, entro em nova fase de selecção de amigos com "a" grande, amigos e a ultima categoria, o resto do mundo. Eu já não tenho idade e muito menos paciência para andar a brincar aos amigos para sempre. Os amigos para sempre, esses já estão bem definidos na minha vida (mesmo que a vida ainda me pregue surpresas) há alguns que estão em estágio para se tornarem em grandes amigos meus.

Acima de tudo, chateia-me a falta de sinceridade das pessoas. Há pessoas com estou tempos sem falar mas que sei que estão sempre lá e vice-versa. Mas há outras que não ligam, não remetem chamadas quando tomo iniciativa...só ligam quando precisam e escondem coisas boas das suas vidas como se temessem que lhas fosse tirar. Não fui, nem nunca me considerei invejosa, muito menos com a felicidade alheia. Gostava de dizer poucas e boas a algumas pessoas, mas isso seria dar-lhes demasiada confiança e para mim há lá coisa melhor que dar desprezo quando não merecem a minha atenção, pois uma vez desprezado por mim...continuará a sê-lo toda a eternidade. Sim, que eu sou rancorosa e não perdoo, pelo menos facilmente!

Dito isto, está aberta a época de reciclagem de amigos.

A minha cabeça anda um tanto ou quanto confusa, demasiada coisa a passar por aqui...na minha cabeça claro está. Elas são decisões mais dia menos dia a tomar, ela é uma necessidade imensa de espaço, ela é uma necessidade imensa de me organizar temporalmente, ela é uma necessidade de arrumar algumas pessoas na prateleira, ela é uma necessidade imensa de paz de espírito...

...necessidades são mais que muitas, respostas imediatas essas andam ausentes!