De repente percebemos que estivemos num sítio a que se pode apelidar de paraíso, ao qual desejaríamos voltar mas que não sabemos se irá acontecer.
Seja como for a verdade é que estivemos num paraíso que dificilmente será igualável e tomar banho em Portugal nunca mais será possível.
Agora resta-nos muito transportes e horas de voo e de espera. Só de pensar no que ainda temos de andar até ao regresso...
...bem que podiam trazer para cá as nossas pessoas e os nossos bichos e ficar por aqui sem interessar mais nada.
...Pensamentos ...Ideias ...Sentimentos ...Disparates ...Desabafos ...Meu Mundo ...Meu Atulhado... "Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente." (John Donne)
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segunda-feira, setembro 14
sexta-feira, junho 5
Na segunda-feira fez 4 anos que iniciámos a vida em conjunto enquanto companheiros de mesa. Tem sido uma jornada gira com muita coisa a acontecer, coisas boas e coisas não tão boas mas como tudo nesta vida é uma passagem, tem sido uma caminhada gira de se fazer a dois. Só tenho alguns pedidos a fazer para que os 4 se multipliquem por muitos mais de forma mais pacífica...
...que as caixas do almoço deixem de desaparecer no buraco negro
...que as caixas de almoço voltem no próprio dia que foram, se voltarem lavadas então seria top (e sim as caixas do almoço é assunto problema, para mim apenas, mas problema)
...que consiga trabalhar menos e ter mais tempo para a família e para não fazer nada
...acho que é tudo, por agora!
quarta-feira, fevereiro 5
Amesterdão
Já tirei esta cidade da lista ali ao lado de sítios que quero muito muito muito visitar.
Que dizer desta cidade enorme...é grande! Agora a sério, é uma cidade que tem tanto de charmosa como de confusão. Adorei a cidade, confesso que não estava à espera de tanta confusão, especialmente do stress que é andar a pé pela cidade. A diferença entre ciclovias, passeios e até mesmo estradas é por vezes confusa e digamos que os ciclitas são completamente insanos e suicidas mesmo. Talvez tirasse algumas das bicicletas que povoam a paisagem da cidade, aparte disso não desilude.
Frio esse estava muito, e ainda assim tivemos sorte de terem estado temperaturas mais altas dos últimos tempos, 6ºC, wuhu. Oferta de comida, isso é variada, com muitos restaurantes argentinos, conseguimos jantar num com uma empregada portuguesa como não podia deixar de ser. Ir à casa de banho, poucos são os sítios onde não se pagam menos de 0,25€, a linha de transportes é para lá de boa, funciona bem e a rede mesmo à noite está bem conseguida e nunca se espera mais de 10 minutos. Recomendo vivamente comprar-se o bilhete de 48h para quem lá esteja de fim de semana pois permite andar em todos os transportes durante 48h seguidas.
Visitámos a casa de Anne Frank...hmmm...tem alguma mística, sim tem. Mas a meu ver falta muita coisa, pois não mais é do que um documentário apoiado em imagens e texto ao longo das paredes de uma casa vazia. Atribuem o estar vazia ao facto de ter sido assim que os Nazis a deixaram e como tal pelo simbolismo assim se manteve. Não sei, estava sinceramente à espera de muito mais.
O moinho de Goyer, pois que se não o virmos também não se perde nada, mas pronto, não deixa de ser um moinho tipicamente holandês.
A experiência Heineken, pois essa cumpriu o prometido e até uma cerveja bebi somando os copos que deixei a metade, não é assim tão mal afinal a cerveja. E a experiência em si é de facto uma experiência, mais do que museu e como fazer cerveja, é dançar, fotografar, karaoke and so on.
Fizemos um free tour que vale a pena se estiverem para aí virados, eu cá confesso que estava com demasiado frio nessa manhã mas o pouco que ouvi permitiu-me saber algumas coisas sobre a cidade, fiquei deveras intrigada com o edifício o qual chamaram de Balança.
As cofee shops são mais que muitas, excepto quando se quer ir a uma...Mas o que me fascinou foram as imensas lojas de coisas diferentes e criadas pelas pessoas da cidade, haja euros para tudo.
O flower market é uma doçura, mas queria ver mais flores, se bem que tendo as minhas favoritas já me dei por feliz. Verdade seja dita, se lá vivesse a casa estaria sempre cheia de tulipas, ao preço que lá custam...Agora é torcer para que os bolbos que little sis me ofereceu cresçam e me façam muito feliz. A melhor loja da cidade está neste market, uma loja de natal onde me perdi e me encantei como se voltasse a ter 5 anos.
A estação central, o palácio e o Rijkmuseum são por si só edifícios imponentes e majestosos, tal como toda a cidade muito bem cuidada e de fachadas de me perder. Digamos que os canais dão um certo charme à cidade.
O que não gostei além do custo de vida? Da red light. Passámos uma primeira vez ao final do dia e no free tour pela manhã e posso dizer que achei demasiado degradante para lá querer voltar ou sugerir a alguém que lá vá. Não consigo aceitar que em montras forradas a azulejo manhoso, com ar de casa de banho haja uma rapariga em pé ou sentada de telemóvel na mão ora a rebolar-se para atrair clientela ora sentada com ar de enfado. Mais do que o ar de enfado é o ar de vazio e ver miúdas mais novas que a minha irmã naqueles preparos honestamente não gostei nem um bocadinho. Além disso mais nada é do que lojas para ver shows porno ao vivo e pouco mais. Red light é um must not see, não se perde nada.
Zona vermelha à parte, ninguém pode passar sem visitar a cidade e fazer um cruzeiro pelos canais.
Se lá viveria? Não, mas adorei ainda assim. Agora só lá tenho de voltar com calor para desfrutar de outra forma.
Bicicletas e mais bicicletas
Uma das muitas lojas de queijo
Flower market
Central station
Condomerie store (loja de preservativos)
A "Balança"
Casa barco
Heineken experience
Família doida
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quarta-feira, setembro 4
E já vai na altura de actualizar este blog, que a preguicite aguda que se instalou por aqui está difícil de vencer.
A nossa viagem correu bem, mesmo com um sol tímido nos primeiros dias. Algum vento, como típico daquela ilha, mas ainda assim só bem vindo quando o sol aparecia. Água límpida, junto ao hotel com algumas rochas e de areia escura. Sem sombra de dúvida que as praias mais bonitas são as do norte da ilha na zona de Corralejo. A água essa podia ser um pouco mais quente, ou então menos vento, especialmente quando eu queria entrar ou sair da água.
Embora tenha gostado, não creio ter ficado com aquela paixão que muitas vezes ficamos por determinado sítio para lá voltar um dia.
O melhor companheiro de viagens
A praia em frente ao hotel no dia nublado que apanhámos
Como não podia deixar de ser lá me espalhei eu, com direito a cortes nas mãos e tudo depois de escorregar no limo das rochas
E tudo na ilha era assim, árido e desértico
A foto a pensar em quem tanto adorou esta foto
Salsichas ou pernas em Corralejo?
Foto cliché em Corralejo, bastante vestida para a população envolvente
A foto não faz jus mas as dunas eram enormes e belíssimas para se descer em grande speed
Mais paisagem vulcânica da ilha
Salsichas a torrar à beira da piscina
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terça-feira, dezembro 18
Post patrocinado por Thrombocid
E não é que a viagem à neve correu às mil e uma maravilhas. Eu que estava cheio de receio com a ideia de fazer snowboard e não é que embora com medo acho aquilo uma deliciosa loucura. Muita queda, muita dor ainda a ser curada e depois de duas pistas azuis, sim duas posso dizer que aquilo é "buéda fixe". Fogo, gostei imenso e o grupinho que foi não poderia ter corrido melhor, grupo tranquilo e com muito companheirismo. Gostei!!
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quarta-feira, setembro 12
Férias *2
Pois bem, relativamente às nossas férias. Correram muitooooooooooooo bem. Souberam muito bem, pois foram basicamente dormir, comer, praia, comer, piscina, comer, mais praia/piscina, comer, e não fazer nada. Foram as férias do não fazer nada como tanto já precisávamos. Nós até há algum tempo que nos fazia confusão gastar dinheiro em férias de não fazer nada, mas a verdade é que água como aquela não temos cá e portanto lá aproveitámos a bela da promoção. A quem achava que estávamos a arriscar ir para um 3 estrelas na Tunísia, pois bem, não houve risco algum. O hotel era óptimo, não era 5 estrelas, mas deu perfeitamente para as nossas necessidades. Tirando as melgas (que fazem parte das espécies daquele país), houve sempre comida, bom tempo (mesmo estando no Inverno tunisino) com muito calor até à noite, água quente e uma experiência cultural para não esquecer.
Andar pelas ruas, sair do hotel, andar de táxi (a preço da chuva), andar de boleia, regatear...muitas recordações boas e colocá-las todas aqui é impossível. De salientar os olhares que percorrem as mulheres europeias, alguma confusão em ver as mulheres tunisina e especialmente as libanesas a tomar banho vestido e algumas delas com fatos de banho da cabeça aos pés, até a cobrir os cabelos.
Ir no ferryboat para chegar ao continente foi uma experiência e tanto, chegar ao deserto é algo que nos invade e que nos apercebemos o quanto somos pequenos no mundo. As fotos não fazem jus à magnitude do que observávamos e andar de dromedário na entrada do Sahara...pois, é uma experiência e tanto.
Na praia via-se de tudo, camelos, cavalos (até mesmo dentro de água)
As motas tunisinas, dignas do ferro-velho, esta era a do padeiro.
Entrada do deserto do Sahara, sorte a nossa que o dia estava fresco (sendo que fresco significa, não muito quente)
Especiarias e mais especiarias, de cores e cheiros.
A nossa praia em Djerba
Eu em modo obesa em cima do meu dromedário.
Djerba um óptimo destino, recomendo!
segunda-feira, abril 9
Hasta Madrid
Hola chicos...
Chegámos ontem de Madrid, e posso dizer que não contava vir de de lá tão satisfeita e agradada. Então não é que a cidade me encantou?! Eu, amante incondicional de Barcelona acabámos por decidir ir a Madrid porque eram os bilhetes com preço mais em conta e venho de lá dividida com qual das cidades gosto mais???
Estou muy satisfeita.
Embora tenhamos apanhado frio e chuva e granizo e alguns raios de sol, a chuva ainda assim foi nossa companheira e poucas foram as alturas em que choveu verdadeiramente quando estávamos na rua.
Visitámos tudo o que havia para ver e mais umas quantas coisas, descobrimos alguns recantos não existentes em guias turísticos.
Visitámos o Prado acabadinhos de aterrar (quase) e com uma pedrada de sono que nos permitiu desfrutar de toda aquela arte nas melhores condições.
Visitámos o Prado acabadinhos de aterrar (quase) e com uma pedrada de sono que nos permitiu desfrutar de toda aquela arte nas melhores condições.
Calle próxima de Plaza Cibelles com aquelas fachadas que me deixam a babar.
Nada como ir tomar o pequeno-almoço ao Palácio Real, ao lado vsitámos a Catedral Almudena, onde tem um tecto que na minha opinião o mais bonito de todo o sempre. Especialmente quando se visita a mesma com uma senhora a cantar que era um espanto.
Plaza de Cibelles, onde acabámos por entrar no Centro de congressos que no interior tem um palácio recuperado muito lindinho. Ao observatório ainda estivemos para subir mas já estava fechado devido à chuva, mas pronto, deu para aprender a jogar snooker.
Parque do retiro, um parque bonitinho, mas quando comparado com os parques de Londres esperava algo mais opolento.
Palácio de Cristal
Mercado de Atocha, quem diria que haveriam tantas tartarugas dentro do lago junto às árvores.
Edifício da Caixa com a parede em jardim, muito interessante e com uma exposição no interior algo interessante, onde mais uma vez fomos chamados à atenção pelo segurança (qual a atracção deles por nós, não sei).
E no meio de muitas mais coisas visitadas lá conseguimos estar no meio de uma procissão na sexta-feira santa. Eu sou católica, mas achei toda aquela devoção extremista, chegando quase a ser doentia.
Mas depois de tudo visto uma coisa posso afirmar gostei muito. Visitámos todos os pontos que tinhamos visto de interesse, tal como o Mercado de San Miguel...interessante, mas extremamente turístico e com preços ao mesmo nível. Mas como nós somos dados a caminhar sem grande definição, vai-se caminhando e descobrem-se recantos interessantes. Calle de Fuencarral onde não me importaria de trazer tudo e mais alguma coisa, com lojas de artistas da zona e lojas alternativas que são uma delícia para as carteiras recheadas. Continuando a deambular descobrimos um sítio somente para madrilenos, Mercado de San Anton...recomendo a visita. Muito mais giro que o Mercado San Miguel, com preços mais em conta e com uma dinâmica muito gira, com uma esplanada deliciosa no topo do edifício. Sem dúvida um dos sítios que mais gostámos em Madrid.
Quem diria que viria de lá encantada com a cidade?! Apanhámos bestas antipáticas e a ignorância gigante dos espanhóis com o inglês é uma coisa assustadora. A existência de sem-abrigos é significativamente maior que em Lisboa, e eu que pensava que já haviam bastantes aqui. A grande diferença é que em Lisboa a maioria dos sem-abrigos vê-se à noite, e lá vê-se dia e noite pelas ruas a pedir, outros a beber logo pela manhãzinha. E para quem acha que o preço do café em Portugal é abusivo devia experimentar o preço do café lá...mas segundo ele até era bom.
Aparte das coisas menos boas a verdade é que adorámos a dinâmica da cidade, o facto de estando chuva, frio e/ou noite as pessoas continuam a andar pela cidade. Não há hora que esteja alguém fechado em casa...talvez na hora da siesta. Que raio de horários são aqueles. Mas amei amei os bocadillos, os montaditos, as pipas caramelizadas, o ver famílias à noite a passear pela cidade, os artistas de rua. Adorei, adorei, adorei!! Ah e quem queira um nome de hostel o nosso foi óptimo, pequeno, muito caseiro, limpo e quente e melhor de tudo, no meio da cidade. Era um óptimo ponto de partida para qualquer sítio da cidade.
Tenho de ver se o convenço para uma vez ao ano irmos a Madrid às compras. Sem dúvida a melhor cidade em que já estive para se ir às compras, fora das marcas habituais.
Hoje voltar à realidade é algo que ainda se está em fase de habituação. E logo esta semana que vai ser daquelas, entre muito trabalho, reuniões e exame. O que me vale é que a bateria está mais que carregada.
quarta-feira, março 9
Recém chegada de Londres estou já preparada para fazer o balanço de uma cidade para a qual fui com as expectativas a zero...Hmmm, pois bem não desgostei da cidade, mas também não me apaixonei. Tem uma arquitectura e fachadas muito interessantes que me fizeram olhar bastante para cima e deliciar-me, a cidade é limpa e algo cuidada, os transportes funcionam relativamente bem independentemente da hora (se bem que as bilheteiras são uma grande treta), os enormes parques conferem uma qualidade de vida diferente da que estamos habituados. Mas vá eu confesso que não detestei da cidade, mas honestamente falta-lhe algo, um certo charme que não a correria de uma cidade que é apelidada uma das capitais mundiais, falta-lhe algum tacto e simpatia dos seus habitantes. Sim, isso é algo que ainda me causa urticária, a falta de simpatia ou vá, de pelo menos um sorriso dos ingleses, são uns idiotas chapados...excepto uma senhora da loja de roupa de criança e um senhor de uma loja de fotografia, os restantes com que me cruzei e a quem lançava um sorriso ou um "obrigada" simplesmente eram umas bestas. Às tantas deixei de sorrir e de agradecer pois daí só vinha alguma frustração minha com tamanha antipatia. Não me venham falar de cultura...badamerda para isso que para falta de educação não tenho paciência, pois não me esqueço da grande besta que me ia arrancando o ombro com um encontrão que me deu no metro e ao ver que fiquei aflita e olhando para mim não foi capaz de produzir qualquer som. Se tivesse que atribuir uma personagem aos ingleses seriam aqueles horrorosos que aparecem no filme do senhor dos anéis que apenas servem para as batalhas.
Aparte a minha má língua sobre os habitantes daquela cidade eu até gostei, mas sinto que gostaria de ter feito certas coisas, como sentar num parque um pouco a apreciá-lo, sentar numa pastelaria inglesa e lanchar uma daquelas delícias que apareciam nas montras...gostaria de sentir mais um pouco a cidade.
O inesquecível da viagem, as duas miúdas portuguesas a cantarem ópera no Covent Garden...amazing!
Terei de voltar a Londres para fazer o que me falta, além do já descrito ver o musical Wicked...ai, como eu queria!!
Termino este texto dizendo que embora Londres tenha o seu "quê" de interessante, não me convenceu face a todo o alarido à volta desta cidade.
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terça-feira, janeiro 4
O Facebook está de facto a tornar-se assustador...dias antes do final do ano acedi a uma daquelas aplicações em que adivinha o que me acontece em 2011. O meu dizia que iria iniciar o ano no hospital. Pois bem tinha razão de certa forma. Dia 2 decidi involuntariamente dar uma pequena queda on ice, resultado, após dois dias decidi ir ao hospital visto não estar a suportar as dores. Alguma espera, raios-x, injecção na nalga e algum soro depois chega-se à conclusão de apenas uma contractura.
Uf...do mal o menos, mas que o Sr. Facebook tinha razão tinha. Scary!!!
Agora vou dar aqui uns calores e esticar-me que hoje estou toda carcomida.
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sábado, setembro 26
Até sempre Portalegre
Ontem, sexta-feira com a marcação de uma consulta em Portalegre lá tive eu que fazer algo que desejava há alguns meses, vir embora de uma vez por todas. Fui com a ansiedade nos píncaros, pois dizer "xau" não é nada fácil. Mas lá fui, tirar tudo daquela casa e ir despedir-me dos meus meninos e de quem comigo trabalhou durante 10 meses.
Mentiria se não admitisse o quanto me custou vir embora. Vou sentir falta daqueles míudos que tantas vezes me deixaram os nervos em franja mas que também me deram pequenas alegrias que nunca esquecerei. Aqueles sorrisos, aquela inocência típica de mentes que pararam de crescer no tempo ao contrário dos seus corpos. Sei lá eu, afeiçoei-me, é um facto!
Esta experiência terminou...fui tentada algumas vezes para sair novamente de Lisboa, mas chegou altura de colocar a minha sanidade mental acima da realização profissional. Se ao menos ainda me enviassem para a costa litoral, agora interior de Portugal...pfff...só mesmo em visita!!
Balanço destes quase 10 meses...
...hmmm, extremamente difícil responder. Mas creio que tenha sido positivo. Eu cresci, mais do que se possa pensar. Aparentemente continuo a mesma miúda de sempre, mas há pequeninas coisas que apenas eu sei o quanto mudaram. Dessa experiência apenas queria manter algo, a independência. Infelizmente esta safada não é fácil de adquirir, é preciso pequenas grandes coisas para se obter.
O que o futuro me reserva?...
Eu não sei mas gostava de saber, juro que gostava!
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segunda-feira, setembro 7
Altura de pensar...
...ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Só me apetece gritar até encontrar respostas, mas e depois, isso não resolve nada, a não ser a incapacidade de trabalhar devido à afonia. Bolas, estou mesmo fartinha. Aliás, isto já vai além da saturação, vai além do impensável.
Anseio e receio pelo dia em que tenha que decidir duma vez por todas o rumo a dar à minha vida.
Seria tão mais fácil desistir de tudo que me causa infelicidade, mas e depois...que faço eu? Não sei que faça e sinceramente não creio aguentar mais um ano lectivo neste estado espírito. O corpo esse há já alguns meses que me anda a dar sinais para ter cuidado e pensar na vida que escolhi. Verdade seja dita, que os pequenos problemazitos de saúde apenas apareceram ou evidenciaram-se desde que estou fora de Lisboa...se não me tivessem chamado à atenção para isso...ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Esperar a aprovação do dito projecto e depois pensa-se sobre isso, entretanto em Ptg não se vive, sobrevive-se!
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quarta-feira, julho 29
Novas palavras do meu vocabulário
Pasmaceira
Vegetar
Letargia
Preguiça
Emburrecer
Dormência
Nada
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quarta-feira, junho 17
Estranha nostalgia
Quem me tem acompanhado ao longo desta jornada longe de Lisboa, sabe o quanto desejo regressar definitivamente, mas, esta ultima semana fui apanhada de surpresa com o término do ano lectivo.
As escolas onde estive desde Novembro despedem-se de mais um ano lectivo e eu despeço-me daqueles míudos que tantas vezes me puseram a cabeça em água, tantas gargalhadas, tantas e tantas outras coisas podia eu aqui relatar. Peripécias mais que muitas, mas estranho como sinto um pequeno vazio por saber que não mais os verei, a não ser casualmente, mas inda assim impera uma nostalgia.
Decididamente estou louca só pode!!
Verdade seja dita, que embora se diga que não nos devemos apegar às pessoas a quem fazemos acompanhamento a realidade é que da mesma forma que elas recebem algo de nós, também nós recebemos algo delas. Já diz o ditado, "só faz falta quando se perde". Não é que tenha perdido, mas sei lá, inesperadamente apeguei-me aqueles pirralhos...quem diria que me iriam causar tamanha nostalgia?!
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quinta-feira, maio 7
AgriDoce
Cheguei a casa, mas para não variar o misto de sentimentos está ao rubro e o turbilhão instala-se uma vez mais neste meu coração. Não há nada como chegar a casa, mas ter que me dividir o meu curto tempo durante o fim-de-semana para conseguir estar com todos é algo que detesto. Detestar é mesmo o termo, não é justo que não consiga estar com todas as pessoas como gostaria, especialmente se sou raptada para fora de Lisboa. A família assim o exige e sugere para que eu descanse,mas eu isso não quero! Quero passear por Lisboa, estar com os amigos, sair, namorar, quero fazer o que me der na real gana no meu curto tempo. Porque havia eu de ter esta limitação temporal e espacial?
Estou cansada!!
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quarta-feira, abril 29
Palhaço
Alguém disse um dia que nesta profissão era necessário na maioria dos dias ser "PALHAÇO" pois não deveríamos transmitir aos pacientes quando nós estamos menos bem, mostrando sempre boas vibes e um sorriso de quem está ali para ajudar no que for preciso. Eu acho, ou melhor, tenho a certeza que nunca fui tão palhaça como ultimamente. O que mais me assusta é a capacidade que estou a adquirir em ser palhaça não apenas no contexto terapêutico mas também nas relações interpessoais. A frustração invade, o cansaço vence, fica apenas o desejo de que o Longe Se Torne Perto para me poder equilibrar psicologicamente e emocionalmente.

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segunda-feira, abril 13
O Regresso

Faz hoje 6 meses que parti para Portalegre à aventura, uma aventura da qual já ea. Tenho a sensação estranha de cada vez que saio de Lisboa que o tempo pára, como se carregasse na pausa enquanto venho uns dias até Portalegre. Mas a triste realidade, estou cansada que o tempo não pára e quando regresso a casa vejo como o tempo passou, as novidades surgem, as pessoas mudam, as coisas acontecem e eu aqui, longe de casa. Eu própria sinto que mudei, mas só o sinto quando me deparo com a minha realidade, aquela que sempre conheci e fico triste, triste por não ter presenciado as mudanças, triste pelo tempo que não espera pelo meu regresso a Lisboa ao final da semana.
Diz a sabedoria popular que quando se deseja muito uma coisa ela acaba por acontecer, foi o que me aconteceu, tanto queria sair de Lisboa para trabalhar e agora já estou farta. Apetece dizer já chega e voltar para casa!
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terça-feira, janeiro 20
Neve
"Cai NEVE em Portalegre", era a musica que tocava na minha cabeça logo cedinho. Ao sair de casa ainda meia ensonada qual não é o meu espanto quando reparo que o caia do céu não era chuva comum...olhar...fixar...e quase gritar NEVE! Parecia uma tolinha a olhar para aqueles tão fracos farripos de NEVE, mas que me deixaram assim meia embasbacada! Resultado, atrasada na hora de chegar ao trabalho. A NEVE não caiu por muito tempo, mas a suficiente para da janela do meu gabinete a vislumbrar e admirar os carros que começavam a ficar cobertos por um fino manto branco. Infelizmente isto durou menos de uma hora e com a chuva que se seguiu rapidamente derreteu. Mas valeu a pena a alegria (tola) que me trouxe para enfrentar o dia.
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domingo, janeiro 18
A pouco tempo de mais uma vez sair de Lisboa até Portalegre, estou revoltada, revoltada como o tempo decidiu tomar conta da minha vida. Afinal de contas, se não fosse o dito "tempo" eu não estaria com a família e amigos sempre a olhar para o relógio sabendo que chega sempre a hora de partir. Não gosto desta ideia, mas começo a interiorizar a ideia do conformismo! Se o destino me deu esta oportunidade, apenas tenho a agradecer e conformar-me com a ideia que será assim por algum tempo...
...feeling kind a blue!
Se encontrasse um génio da lâmpada agora que me concedesse um desejo apenas, o meu seria, que o longe se torne perto!!!
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segunda-feira, janeiro 12
Faz hoje dois meses que parti à aventura para uma cidade nova para mim, Portalegre! Parece que passou bem mais tempo. Hoje posso dizer que me sinto quase em casa, faltam as pessoas que fazem parte da minha vida, família e amigos para ser totalmente feliz. Mas nem assim vivo a semana sem pedacinhos de felicidade, por isso aqui ficam algumas fotos das paisagens do alto alentejo que me conquistou. (A fotógrafa não é das melhores)
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sexta-feira, dezembro 12
Infância de Rua
Ontem o Dr. Daniel Sampaio comentava no RCP o facto de as crianças actualmente não terem a sua criatividade tão desenvolvida como há uns anos atrás. Referiu até que qualquer dia não existirão mais cientistas devido ás facilidades que as crianças tem em obter tudo que querem com um simples clique num botão...é a televisão, o computador, todas as consolas e brinquedos electrónicos.
Eu sou já da década da tecnologia e como é óbvio as vantagens da mesma são mais que muitas. Mas sou também do tempo (estou mesmo velha) em que se brincava na rua! Quem não se lembra de chegar da escola e ir lanchar a correr para ir para a rua brincar! Brincar somente, com toda a inocência típica da idade.
Era o jogo da macaca, as escondidas, a mamã-dá-licença, o jogo do elástico, andar de bicicleta e tantos outros jogos. Em jogos não estruturados como os referidos a criatividade era a reinante das brincadeiras. Recordo-me agora de como os vizinhos de rua brincarmos ás lojas, em que com as loiçinhas de brincar cozinhávamos comidas com ervas e flores apanhadas na rua e nos canteiros das vizinhas (esta parte é segredo!). Hoje em dia o mesmo não se passa, já não se brinca na rua, já não se apanham ervas/flores para se brincar, existem no mercado brinquedos a imitar alimentos...para quê inventar?! Lembro-me também de mesmo com uma casa da Barbie, inventar camas para as bonecas com cassetes de VHS a fazer do colchão, os panos de cozinha surripiados para fazer de cobertor e tantas outras invenções. Hoje já existem casas modernas para as bonecas, com todos os acessórios e mais alguns...para quê inventar?! Eu sempre tive (com muita sorte minha) tudo e mais alguma coisa para as Barbies, Pinipons e até mesmo para as Barriguitas, mas nem por isso deixei de inventar sempre algo mais para adoçar as brincadeiras. Não digo com este post que se deva fazer frente à evolução dos brinquedos, acho que as crianças hoje em dia têm sorte pela variedade de brinquedos que podem encontrar. Mas não tem o mesmo brilho, o mesmo gozo! A evolução que tem muita coisa de bom e que está instalada nos brinquedos, facilita demasiado as brincadeiras e impede a expansão da criatividade. Creio por isso, que tenha tido uma infância feliz, pois apanhei a fase de mudança na tecnologia, tendo tido acesso à boa infância de rua e a tudo de novo que aparecia de "gadgets".
Que saudade boa a de estar a brincar na rua até a mãe chamar para jantar e chegar a casa toda esfolada. Não era de todo, maria-rapaz, era até muito menina, mas os joelhos sempre com crostas e nódoas negras eram algo de comum em quem teve uma infância feliz!!
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