Era uma vez um vaso muito bonito, com umas cornucopias coloridas que reflectiam a luz do sol que adorava estar no parapeito da janela a ver as pessoas e desejar-lhes os bons dias. Mas um dia passou uma ventania naquela rua e deitou abaixo o vaso que se partiu em pedacinhos e durante algum tempo sentiu-se alheio ao que passava na rua, os raios de sol não lhe chegavam a tocar até que um dia pedacinho a ipedacinho iniciou a sua reconstrução. Já não era o vaso de outrora tão bonito de fazer parar qualquer vizinho. Era agora mais um vaso com alguns pedacinhos em falta que ele se esforçava por esconder a quem por lá passava. As suas cornucópias tinham perdido a cor e a sua pintura não brilhava da mesma forma. O vaso fazia um esforço enorme para demonstrar que estava o mesmo de antigamente. Mas ele sabia que no seu íntimo por mais que escondesse a falta de pedacinhos ele nunca mais seria o mesmo, ele próprio não tinha a mesma alegria de falar com todos e de apreciar o calor do sol no seu barro. Que  saudades daqueles dias de sol em que a luz reflectia as cores brilhantes e coloridas dos seus desenhos que o faziam meter o seu melhor sorriso e ter vontade de falar a quem por lá passava. Hoje as pessoas continuam a passar e a achar que o vaso era um vitorioso na sua própria reconstrução sem nunca perceberem que aquele vaso se continuava a sentir em mil pedacinhos agora suportados pela cola mas que cada pedaço colado era uma mágoa no seu coração..

Conversas de cozinha

- então e para ti? Só respondo se tu responderes..
- primeiro tu! Depois eu, prometo.
- por mim é cinco.
(Silêncio para processar)
-para mim é cinco também!
E assim se vê que nascemos um para o outro e que andamos em consonância mesmo que certos assuntos pareçam quase tabu.
Se é cinco pois ainda bem e bora lá.

Em conversa hoje com uma amiga, conversa sobre a vida e sobre as expectativas que tínhamos dela ficámos deprimidas. Chegar aos 31 e aperceber que há muita coisa que já gostaria de ter feito, há coisas que esperaria estar a fazer e a perspectiva de fazer outras tantas não é assim tão óbvia. Quando crescemos esperamos atingir determinados objectivos e desejos, mas só em adultos nos apercebemos que não basta sonhar, não basta querer muito...existem muitas coisas se não a maioria que depende de terceiros ou depende de coisas nossas que farão com que tudo demore muito mais. Não é mais a preocupação de uma criança de quando fizer anos queria muito ter a Barbie Hawai, e se no aniversário não a temos sabemos que no dia da criança ou no natal acabará por aparecer. Mas agora os desejos têm outra grandiosidade e outra importância na vida que não nos basta esperar pela próxima oportunidade. Há alturas na vida que temos de aceitar como findos aqueles sonhos, que se já não se poderão concretizar e continuar em frente. Como é óbvio segue-se em frente mas sempre de olho no passado e assim se leva a vida...

Diário de uma Orca 9

Coisas que se ouvem e coisas que se sentem e tudo parece mudar, como se de uma leveza se tratasse embora a saudade maior permaneça.

E assim se encara, de uma nova forma porque devemos levar as coisas em frente porque assim é o desejo!

I hate mondays

Porra de tempo este, noite mal dormida, dores no corpo e porra que estou sem energia e com uma vontade imensa de me enfiar na cama, sendo que com a contractura que carrego hoje não me parece que me aguente deitada muito tempo. Já referi que a porra desta dor me está a apanhar o braço...Porra que nunca mais são 22h para poder já estar alapada no sofá a fazer planos para me deitar.

O meu lado voyeur

Eu creio que todos o somos...Mas eu sou um pouco. Não me refiro aos reality shows que isso é também uma espécie de voyeurismo, refiro sempre a duas pancas minhas que tenho no carro.

Se vou à pendura adoro ir a a olhar para os prédios e ver para dentro das janelas sem cortinados e imaginar o que por lá se passará e vivenciará.

Se vou eu a conduzir e vejo alguém no carro atrás a cantar uma música tenho a mania de a procurar na rádio até estar sintonizada com o carro atrás.

Pancas, válidas como qualquer uma.

Parabéns Amèlie

Faz hoje um ano que nasceu a minha princesinha. Ainda ela andava na barriguinha da mamã dela e nós já andávamos curiosos por saber se seria ali que estaria a nossa princesinha e assim se veio a verificar. Ao final de um ano de princesinha podemos afirmar que hoje já sabe e adora receber mimos, quando era bebé era demasiado desconcentrada sequer para receber um miminho...hoje adora! Sabemos que adora fruta, que se senta mal vê morangos que nos chateia quando há pêra no pedaço e que adora roer pedras como ninguém. Tem medo de barulhos extremamente altos e fica muito atenta mal vê um animal na televisão, mesmo que em ponto pequeno e em segundo plano.
E uma coisa é certa, é um doce a minha aMELie!

Ao aparecer no meu mural uma partilha no fb de um ex do qual nunca mais me lembrei não resisti à cusquice e fui espreitar a actividade da página dele. Não foi espanto, foi constatação de um facto, ainda bem que não resultou...se não fosse naquela altura teria de ser pouco depois pois ele está uma seca de pessoa que nada tem a ver comigo. Credo...ele só intensificou algo que já na altura me irritava mas toldada pelo sentimento ignorava.

As coisas não acontecem por acaso e se ele apareceu no meu caminho era mesmo porque tinha de ser, mas há coisas que não mudam, só agravam e embora me seja difícil explicar o que tanto me irritava a verdade é que continua lá e pior ainda.

Que tenha uma vida feliz que eu apenas lhe desejo o dobro do que me deseja a mim.

Decidimos ir finalmente ao Porto neste fim-de-semana que passou depois de adiada anteriormente, lá fomos nós.

Primeiro que tudo, adorámos! Os portistas podem ser tudo aquilo que nós sabemos cheios de si e sei lá mais o quê mas a verdade é que andam todos na rua independentemente do frio e da hora, nós sem dúvida que gostamos disso, de ver ruas animadas com famílias na rua.

Segundo, tínhamos um roteiro gastronómico dado por um natural de lá e pode-se dizer que comemos bem e sem ser caro, ora passámos pela francesinha no Santiago, aquilo sim é muitooooooooooooo bom, depois as melhores bifanas do mundo do Congas, picantessssssssssssssssssssssssss a terminar com um brunch na rota do chá com toda a envolvência maravilhosa.

O passeio pela cidade esse foi maravilhoso, os meus joelhos lá se aguentaram, vá com ajuda de umas meias muito minhas amigas. Passeio à noite e o tempo embora frio a permitir-nos a andar de um lado para o outro sem andarmos a tilitar.

Fotos ficam para breve, sim que o N. andou particularmente inspirado nas fotos nocturnas e merecem ficar para a posteridade.

Há dois anos atrás aderimos à campanha do Anjinho de Natal e ficámos frustrados com o facto de não ver as reacções das crianças embora tenhamos entregue os presentes acreditando que chegariam ao seu destinatário.

O ano passado fizemos angariação de roupa e fomos entregá-la e voltámos com um misto de  coração cheio com o querer poder fazer mais.

Este ano decidimos ajudar quem está perto de nós ou que se cruza no nosso caminho. Fala-se em ajudar os países de terceiro-mundo e sabemos bem que se não forem as nossas ajudas não têm mesmo forma alguma de lá chegar. Mas eu também acredito que para ajudar os "de fora" primeiro temos de ajudar quem está perto de nós. Por vezes não é preciso muito, basta perguntar e/ou observar...há sempre alguém a precisar tanto, por vezes mais próximo de nós do que pensamos.

Desculpa N ando assim meia paneleira

Vi esta homenagem e adorei a montagem, está muito boa a conjugação de cantores tão diferentes com uma música que está presente nas recordações de todos, 

Há aquele dia em que achamos que foi por um triz em que um agente de autoridade idiota esteve a um tiquinho de me dar um estalo, ontem foi o dia.

Ponto da situação

Já estou a trabalhar há uma semana e meia, a recuperação tem estado a correr devagar. Desde que comecei a trabalhar que voltei aos joelhos mais inchados e chego a meio do dia com vontade de colocar as pernas às costas mas o que tem que ser tem muita força. Por isso, balanço a dois dias de um mês da cirurgia, acho que está a correr bem....Só lamento ainda não conseguir passear totalmente os pequeninos.

Esta semana vai animada...

...Deve ser da antecipação das férias, não sei bem mas a verdade é que tenho tido umas quantas pérolas esta semana e só ainda estamos na terça.

Quando se trabalha com adultos,tal como com crianças ouvem-se coisas de partir o coco.

Ao trabalhar com duas senhoras, em alturas distintas, com imagens de personalidades da nossa praça eu apenas solicitava o nome e ouvi coisas como...

- Dona R este é o Ruy de....

- Caralho! (Ruy de Carvalho)

Risada geral entre as duas. São riscos que se correm.

A Z. diz-me com ar muito sério..

- Oh C, sabes, o Luís morreu.

- Qual Luís? 

- O Luís de Camões.

Mais uma vez uma risada, especialmente porque era a imagem dele que estava à nossa frente e eu nem me dei conta. Melhor ainda porque a sra Z tem daquelas risadas que faz com que qualquer um se ria também perante a sua gargalhada contagiante.

Amanhã é o dia, o dia de começar uma nova aventura carregada de desafios e muito trabalho. Confesso que estou tão em pânico e com medo de não estar à altura que acabo por nem desfrutar da ideia que finalmente alcancei um tão desejado objectivo.

Que os astros se alinhem, as figas sejam feitas e que amanhã seja o princípio de algo bom...

...Já agora o desejo que tudo corra pelo melhor que se consiga estender até à temida conversa que tem sido mais ou menos adiada por "acagaçamento" da minha parte.

Sorri quando a vida não te sorri

Em dois dias que apanho esta música e tem sempre o mesmo efeito em mim, é mesmo bom astral e para cima. Gosto de músicas assim que sabem a areia no pé e sumo fresco na mão. 

É chegada a altura em que alego o meu real cansaço tendo em conta que estou a precisar urgentemente de férias (se bem que estas não serão grande coisa para descansar mas pronto). Estava eu a dizer que andava cansada, se há um mês atrás de manhã pensei"onde meti o desodorizante?" e rapidamente algo se conectou no meu cérebro e fui logo directa onde ele realmente estava e era onde?

...no caixote do lixo!

Ontem à noite a minha mãe liga-me a perguntar se no dia anterior quando lá estivemos a jantar perguntou-me se me recordava de ver no móvel da sala um cartão de multibanco. Claro está que me parti a rir assim que ela me diz isso e mais uma vez o cérebro conecta. Pois fui eu que peguei nele e meti na carteira do N. Porquê? Porque a carteira dele estava perto e assumi sabe-se lá porquê que seria dele e toca de meter na carteira dele o cartão do meu pai.

Mas a saga continua...

...eu não acredito em coisas paranormais mas confesso que me começaram a passar pela cabeça coisas dessas quando frequentemente dava conta de gavetas e portas de armários abertas? Como era possível se por vezes acontecia sem o N estar cá em casa e ele é que é o rei das portas e gavetas abertas? Pois que me chamou à atenção que poderia ser eu. Claro está que o nível de cansaço está tão elevado que nem me ocorreu que poderia ser eu.

Definitivamente 11 de Agosto chega rápido!!

Ser Terapeuta

É dias como este, ou melhor momentos como o que vivi há pouco que me mantém presa a esta profissão que escolhi como minha. Em questão de segundos pergunta-se se gosta de Xutos, coloca-se a música e é o delírio. A felicidade no seu expoente máximo. A felicidade de quem aos 34 anos sofre a fatalidade de um avc grave e fica presa a um corpo que não é o seu de uma jovem com toda a vida pela frente, presa a um bastão e com uma fala compreensível somente para os mais próximos e ainda assim. Mas foi tão bom de ver que a minha vontade era conseguir levá-la a um concerto...sei que aí a coisa complica mas havia de fazer-lhe tão bem, voltar a ter a idade que realmente tem e viver em pleno por umas horas.

Os 30 estão quase aí...

...Contrariamente ao que seria de esperar e até para meu espanto pasme-se quem me vir muito calma com a proximidade desta idade. Dos vários grupos onde pertenço e onde conto com amigos muito especiais sou das primeiras a fazer 30. Se até há bem pouco tempo falava em afogar-me na banheira até amanhã, dia 20 de maio hoje estou tranquila. Não é conversa deitada fora estou mesmo tranquila, sinto que é um virar da página que estou a precisar e venham os 30, pois a verdade é que nunca estive tão tranquila com o facto de fazer anos como este ano.