sábado, janeiro 29

A evolução do gosto masculino por veículos ao longo da sua vida

Sendo este género claramente um aficionado por tudo que tenha rodas e ronque ao longo do tempo tenho aprimorado as minhas conclusões sobre este assunto. Basta passar algum tempo no trânsito para se compreender o tipo de indivíduo atrás do volante de acordo com o tipo de carro que conduz. Generalizações? Pois claro, que eu adoro fazê-las de vez em quando. Claro está que existem sempre excepções, mas...
Inicialmente, o indivíduo recentemente "cartado" é comum ver-se ao volante de um carro já perturbado pelo tempo, sendo que muitas das vezes, há uma tentativa de o rejuvenescer tentando-o converter num avião e acabam por o transformar no aterrador xuning. Eu acredito que este tipo de adaptação é semelhante à altura em que os rapazinhos usam canetas como armas de bolinhas de papel banhadas em cuspo, que nos carros acabam simplesmente por se transformarem num 4 rodas de muito mau gosto e poluição sonora. 
Entre os 20 a 30 anos, altura em que entra no mundo de trabalho e vai juntando uns trocos lá vai trocando de carro, sendo na maioria a troca por carros citadinos, práticos e mais ou menos ostensivos, mas na qual já não se envergonham por passearem lá com as suas miúdas. 
A partir dos 30 anos surge um fenómeno relativamente recente, com o crescer da família, sacos de compras e viagem a aumentar em dimensão e número, brinquedos, cadeirinhas e restante parafernália que o aumento da família acarreta, o indivíduo alfa acaba por sentir-se na obrigação quase ritualista de passagem para a definitiva fase adulta no momento que substitui o seu carro jovem por um monovolume ou carrinha. Neste carro a maioria das vezes os indivíduos vivem frustrados pela falta de potência da viatura que já não chama a atenção das miúdas como outrora, e que as conduzem somente para não ouvirem as mulheres a reclamarem por não terem um carro que consiga levar os pirralhos e a catrefada de sacos do supermercado.
Pelos 50 anos, com os filhos a começarem a sair de casa e deparados com o envelhecer é a altura em que sentem a necessidade de um desportivo vistoso, no qual se voltam a sentir garanhões capazes de fazer qualquer miúda de 20 anos virar o pescoço.
A partir dos 60 e tal anos, altura em que surgem os netos, começam a conformar-se que não há volta a dar no que toca ao tempo e lá se decidem por um qualquer carro clássico e elegante que marque a sua posição enquanto avô cheio de classe.
...Como tudo na vida, existem excepções, mas passem a olhar para o vizinho do carro ao lado e perceberão do que falo, até se percebe quando os homens andam com o carros das filhas/esposas. Basta observar.

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