sábado, março 6

Sinto a roupa molhada nas minhas mãos e sinto alguém passar por trás de mim em direcção às escadas, ouço passos que me parecem os teus. Olho em volta e apenas continuo eu e o alguidar da roupa lavada. Corro às escadas numa profunda esperança de te ver descer. Mas não és tu. Não é ninguém. Apenas um cérebro traquina que adora pregar partidas. Cérebro de alguém que ainda gostava de te poder vislumbrar uma vez mais, de te poder abraçar e sentir as tuas mãos ásperas no meu rosto. Despediste-te de mim, mas eu não quis aceitar e não me despedi de ti, hoje arrependo-me. Hoje tenho o coração apertado duma saudade que não tem data de término. Resta-me sentir que me dás um beijo na face de cada vez que afundada na tristeza sinto um raio de sol tocar-me.
Porque tu já não voltas?

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