Ah e tal, dizem que esta é altura do balanço de final de ano...hmmm...que dizer de este ano? Foi duro para dédeu e que nunca mais estava a ver-lhe o fim. Sim, definitivamente um ano para esquecer. Não aconteceram apenas coisas más, também aconteceram coisas boazinhas, mas a verdade é que as más superaram as boas sem sombra de duvida. Foi um ano de mudanças e mais mudanças, de altos e de muitos baixos, uma verdadeira montanha-russa tal como já o tinha dito antes.

A família levou uma volta tamanha que ainda ando a tentar a apanhar os cacos, para um dia quem sabe os tentar colar, mas tenho para mim que houve uns quantos cacos que ficaram perdidos pelo caminho.

A saúde essa, não vai mal, com muitas ameaças e tal, mas embora tenha esta aparência nada me deita abaixo, para 2011 só preciso mesmo de conseguir ter o meu horário definido de vez para me inscrever num qualquer desporto.

Os amigos, ui, esses tal como a família, também foi um ano de reforma (ainda em curso), amigos novos que surgiram em que há um esforço natural para construir algo de especial. Os antigos ou menos antigos, mas igualmente importantes cá se mantêm. Mas houve ainda umas quantas amizades, que não são mais isso, ficam apenas guardadas no baú de recordações e nada mais que isso. Para 2011, que os meus amigos tenham tudo de bom e que eu esteja cá para assistir às vitórias. Aos ex-amigos, tenham uma boa vida.

A minha mais que metade, pois bem foi a minha força durante este ano. Os nossos sonhos conjuntos esses já estiveram mais longe de se concretizarem e tenho cá para mim que será JÁ em 2011.

A nível profissional têm havido evoluções e melhorias para mim e para a minha concretização profissional. Para a realização total só desejo para 2011 deixar de dar ao Estado a maioria dos meus rendimentos sobre a forma de recibo verde.

A todos os que me aturam e perdem tempo a ler as minhas baboseiras um 2011 em grande, bem melhor que este que finalmente termina!!

Quando penso que mais não é possível, ainda me surpreendo. Surpreendo-me por gostar tanto de alguém e cada vez mais. Recordo-me de inicialmente me dizerem que aproveitasse que este feeling bom apenas duraria nos primeiros tempos, mas desde início que sei que nós somos diferentes...a não ser que ainda estejamos nos primeiros tempos?!...Not!! Nós somos mesmo assim, feitos um para o outro, com uma paixão imensa que não pára de crescer e de aumentar a olhos vistos. O amor esse então tem sido construído com as bases mais sólidas à prova de sismo e qualquer outra intempérie, as borboletas na barriga essas continuam e cada vez maiores de cada vez que nos vemos. 

Ai, ai, coração quente o meu...e que assim continue por muitos mais natais.

Merry Xmas

Quando não sei, invento *2

Ao longo do dia de hoje, já algumas horas depois de fazer o workshop e tenho a noção que durante a realização do mesmo ao ver que não tinha tempo para fazer exactamente como queria, stressei. Mas houve uma altura em que respirei fundo e aproveitei o momento, é que de facto estava a divertir-me. Se ao acordar cedo, eu pensei, "que ideia mais parva", mas vi um amanhecer com algum sol...sim, pelas 8h e pouco estava um sol que antecipava um dia melhor do que esteve...e pensei, "que se lixe".

A verdade, é que há muito que não me sentia assim. A realidade é que eu sou apaixonada por estas coisas manuais, pintar, costurar e agora, decorar bolos. Há muito, muito tempo que não dedicava algum tempo a uma coisa dessas em que simplesmente penso no que tenho à minha frente, sem pensar na vida e nos dramas que ela acarreta. A verdade é que durante quase 4 horas a tensão dos meus ombros foi à vida e hoje tenho tido uma tarde, entre ver tv, adiantar trabalho para a semana e tudo mais que tinha para fazer faço-o de uma forma muito mais relaxada e concentrada. Estas coisas são o meu escape e desde o ano lectivo anterior que não faço nada realmente. Este ano nem tempo tive para fazer alguns presentes de natal.

Decididamente, ganhei anos de vida. Venha daí a pasta, um bolo e mais tempo para mim...e para o pacote ser completo, tem que haver purpurinas por todo o lado.

Quando não sei, invento

E hoje a invenção foi meter-me num workshop de decoração de bolos. O resultado não foi maravilhoso e muito menos perfeito, queria ter tido mais tempo e não ter tido como base o cor-de-rosa. Mas na realidade, eu diverti-me imenso!! Estou desejosa de ir à loja comprar umas pastas e pôr-me com mais invenções.

Hoje apetece-me correr, correr, correr até cuspir os pulmões!...Tendo em conta a minha baixa forma física, acho que rapidamente os cuspiria, mas com a pica que estou seria apenas na China que pararia.
Vou ali à muralha da China e já volto!

Não se pode morrer sem ouvir esta

Amo esta versão...

Eu não sou a rainha da pontualidade e até me parece mal dizer isto, mas na realidade, abomino atrasos!!

Pessoas

Cansada de pessoas, não das minhas pessoas, mas de pessoas...pessoas que já foram mais ou menos minhas pessoas, pessoas que eu de alguma forma tinha em melhor conta...ou se calhar não?! Mas, pessoas. Pessoas que neste momento para mim não passam disso mesmo, pessoas. Pessoas que actualmente apenas existem em memória quase recônditas e que eu tento manter guardadas em algum lugar especial mas não consigo. Temo estar a tornar-me numa dessas pessoas. Pessoas que após anos de convivência e companhia deixam de dizer algo, pessoas que deixam de estar presentes de todas as formas e feitio, pessoas que acima de tudo não fazem um esforço para se manterem pessoas. Pessoas que assim do nada, sem nada o prever deixam de ser pessoas para serem pessoas de outras pessoas. Esta mudança de pessoas para outras pessoas não me incomoda na verdade, mas não deveria incomodar que aquela pessoa, já não seja uma pessoa para mim?! Mas incomoda-me que após tentativas de que essa pessoa se mantenha uma pessoa para mim, não haja resposta e feedback positivo da outra parte. Quando as pessoas não têm tempo porque andam demasiado ocupadas a serem pessoas por outras bandas eu canso e deixo de ser pessoa para essa pessoa, pois as relações entre pessoas é um processo para os dois lados, ninguém consegue ser pessoa apenas com a sua própria pessoa. Falo com outras pessoas que também partilham essas pessoas e essas pessoas estranham as ausências de pessoas. Mas até quando teremos nós de ficar há esperar que as pessoas tenham tempo? Eu cá, cansada de esperar, não quero mais saber de pessoas, especialmente quando verifico que as pessoas andam noutros meios à conversa e presentes para outras pessoas. Só faz falta quem está e eu definitivamente estou cansada de pessoas. Além de querer MUITO que 2011 me traga um ano BEM melhor que este que agora termina, quero que 2011 seja um ano de definição de pessoas e que todas elas fiquem arrumadas onde devem...umas no coração, outras num lugar qualquer baldio da minha mente.

Pois...

Uma questão de prioridades

Estive numa escola esta manhã como é hábito e fui buscar um miúdo próximo da hora do lanche, sendo que trouxe a lancheira com , pela segunda vez que coloco em causa o tipo de lanches que os miúdos andam a comer, bem como os gastos excessivos e não nutritivos que os pais assumem nessa refeição. Se ele a semana passada trazia duas sandes e um ice-tea, e já na altura achei aquilo pouco nutritivo para aquela hora da manhã. Qual não é o meu espanto quando o vejo a abrir a lancheira e lá dentro apenas há um pacote enorme daqueles canudinhos de chocolate e mais uns quantos daqueles pacotinhos de snacks para o lanche da tarde e eu pergunto-me...onde está o leite ou o iogurte, ou até mesmo um sumo, que seja realmente sumo?? Eu conheço minimamente a estrutura familiar e aquele tipo de lanches de saquetas e pacotes sai caro, já para não dizer que não alimenta nem nutre!! Longe vai o tempo em que se levava como lanche uma sandes e um leite/iogurte, muitas vezes levei eu um termo para poder beber o leite quente. E em dias especiais levava um bollycao ou algo do género. Os pais não estarão a perder hábitos deles e a passar os menos bons para os filhos? Não estarão a canalizar as poupanças de forma pouco inteligente numa altura em que se fala de crise? Quem sou eu para falar, mas na realidade espanta-me a falta de bom-senso de muitos pais e no tipo de prioridades que estão a implementar nos filhos. Não percebo e creio que não seja mesmo para perceber!

Coisas que eu gosto (e quase) ninguém sabe...

Gosto destes carroceis antigos e clássicos, porque remotam à infância e acima de tudo pela elegância e são tão bonitinhos.

Cheirou-me a Natal, ao sentir o cheiro vindo sabe-se lá de onde a pastéis de bacalhau, será a imaginação a pregar-me partidas?! Mas na realidade este cheiro despertou em mim um misto de emoções, carregada com muita nostalgia.

Para mim a véspera de Natal, significava entrar em casa dos meus avós e sentir o cheiro a pastéis acabadinhos de fazer, significa ver as rabanadas sobre a mesa na fila para serem fritas, significa ouvir o meu avô de um lado para o outro a meter a mesa, significa barulho e agitação, significa sorrisos, significa família...

...este ano não há pastéis, não há barulho nem agitação, nem aquela família, não há Natal! 

Este ano a época natalícia resume-se a troca de prendas e desejar a todos um Natal feliz. Tendo em conta a viciada que eu era em todas essas memórias natalícias, agora mais que nunca não passam disso mesmo, recordações. E depois ainda dizem que vem a passagem de ano, cheira-me que este ano ficarei por casa a papar um qualquer programa de final de ano. Para estes lados não se sente vontade de festas, venha 2011 que deste ano já estou farta.

Não sou de Marte

Fez ontem uma semana que levei uma chicotada ao saber que um pai com cerca de 40 anos tinha falecido, pai de um menino que eu via 3 dias por semana com apenas 7 anos. 

São 7 anos especiais, dos quais o J. apenas queria aprender o /r/ para poder dizer "pára" aos colegas da escola que o atazanavam devido às duas dificuldades a falar e a ler. Durante estes meses, empenhámo-nos, eu, J. e o anti-benfiquista do pai que o vinha trazer todas as sessões. Senhor simpático e super-pai. Recebo a notícia e hoje finalmente falei com a mãe que me informa que ele passará a viver com a mãe e devido a isso não pode mais ter terapia comigo, razão pela qual pede um relatório para a nova terapeuta que o acompanhará. Faço o relatório. Rapidamente imprimo numa folha em branco umas borboletas (animal favorito do J.), pinto e escrevo umas coisas em jeito de uma despedida até breve, com muita baboseira para desanuviar da seriedade da vida. Durante 4 anos de curs aprendi que deveríamos manter a distância, eu quero que isso se lixe, sou um ser humano a lidar com outros seres humanos que apenas com 7 anos já têm de lidar com coisas demasiado sérias na vida. I don't care e espero seriamente voltar a ver aquele pequeno J. sempre falador até mais não com quem tive algumas gargalhadas, birras e abracinhos.

E assim, Cristiana Banana despede-se de José Barnabé!

Por vezes questiono-me sobre o egoísmo que posso estar a ter. Serei eu egoísta perante determinada situação, ou se eu ceder não estarei a deixar que terceiros sejam egoístas?! Até onde pára esta bola de neve gigante? Eu tomei determinada decisão que faz com que de certa forma terceiros possam de alguma forma sofrer com isso, sabendo que esse sofrimento é inevitável, já me tenho questionado seriamente se não deveria esperar pelo "momento"?...e se o momento não chega?! Na realidade eu sei que este é o momento, se não for agora quando será? Irei eu ceder a caprichos alheios, quando para determinados momentos as pessoas nunca estão realmente preparadas. Resta-me ser egoísta e esperar que terceiros consigam ficar realmente felizes pelas decisões tomadas em vez de se manterem mais à margem por de certa forma sofrerem com as minhas decisões. Se para isso tenho de ser egoísta, pois bem serei, agora é o momento!