Fez ontem uma semana que levei uma chicotada ao saber que um pai com cerca de 40 anos tinha falecido, pai de um menino que eu via 3 dias por semana com apenas 7 anos.
São 7 anos especiais, dos quais o J. apenas queria aprender o /r/ para poder dizer "pára" aos colegas da escola que o atazanavam devido às duas dificuldades a falar e a ler. Durante estes meses, empenhámo-nos, eu, J. e o anti-benfiquista do pai que o vinha trazer todas as sessões. Senhor simpático e super-pai. Recebo a notícia e hoje finalmente falei com a mãe que me informa que ele passará a viver com a mãe e devido a isso não pode mais ter terapia comigo, razão pela qual pede um relatório para a nova terapeuta que o acompanhará. Faço o relatório. Rapidamente imprimo numa folha em branco umas borboletas (animal favorito do J.), pinto e escrevo umas coisas em jeito de uma despedida até breve, com muita baboseira para desanuviar da seriedade da vida. Durante 4 anos de curs aprendi que deveríamos manter a distância, eu quero que isso se lixe, sou um ser humano a lidar com outros seres humanos que apenas com 7 anos já têm de lidar com coisas demasiado sérias na vida. I don't care e espero seriamente voltar a ver aquele pequeno J. sempre falador até mais não com quem tive algumas gargalhadas, birras e abracinhos.
E assim, Cristiana Banana despede-se de José Barnabé!
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