quinta-feira, dezembro 2

Não sou de Marte

Fez ontem uma semana que levei uma chicotada ao saber que um pai com cerca de 40 anos tinha falecido, pai de um menino que eu via 3 dias por semana com apenas 7 anos. 
São 7 anos especiais, dos quais o J. apenas queria aprender o /r/ para poder dizer "pára" aos colegas da escola que o atazanavam devido às duas dificuldades a falar e a ler. Durante estes meses, empenhámo-nos, eu, J. e o anti-benfiquista do pai que o vinha trazer todas as sessões. Senhor simpático e super-pai. Recebo a notícia e hoje finalmente falei com a mãe que me informa que ele passará a viver com a mãe e devido a isso não pode mais ter terapia comigo, razão pela qual pede um relatório para a nova terapeuta que o acompanhará. Faço o relatório. Rapidamente imprimo numa folha em branco umas borboletas (animal favorito do J.), pinto e escrevo umas coisas em jeito de uma despedida até breve, com muita baboseira para desanuviar da seriedade da vida. Durante 4 anos de curs aprendi que deveríamos manter a distância, eu quero que isso se lixe, sou um ser humano a lidar com outros seres humanos que apenas com 7 anos já têm de lidar com coisas demasiado sérias na vida. I don't care e espero seriamente voltar a ver aquele pequeno J. sempre falador até mais não com quem tive algumas gargalhadas, birras e abracinhos.
E assim, Cristiana Banana despede-se de José Barnabé!

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