sábado, novembro 30

Chegou a hora do adeus

Foi dura a despedida, mais do que poderia conceber ou imaginar. Da primeira vez que me falou de ir para Erasmus apoiei logo e quis saber os pormenores todos, este último mês comecei a dar-me conta que o dia estava a aproximar-se, estas últimas duas semanas foi começar a ter consciência e sofrer com isso. Hoje foi para lá do imaginável. Tiveram uma bela comitiva de despedida, só mesmo uma boa comitiva estaria no aeroporto às 5h de um sábado. Mas na hora do abraço final...Doeu, custa e ainda dói. 
Sei que ela está bem e vai ser uma experiência inesquecível, mas custa a distância em km e no tempo que vamos estar afastadas. De há uns anos para cá a nossa relação ficou muito gira, sem haver aquela diferença de idades tão marcada. Não falamos todos os dias habitualmente, também nos chateamos mas uma coisa que há sempre é um amor incondicional. E ficar sem esta parte de mim nos próximos tempos vai ser duro, saber que ela pode estar menos bem custa ainda mais e fico a fazer figas para que tudo corra pelo melhor daqui para a frente. Mas vem aí o natal e ela não vai estar...
Neste momento estou já em contagem, 62 dias até a voltar a ver quando a formos visitar. Venha o fim de Janeiro. Salto já o natal e dispenso a passagem de ano, siga avançar no tempo.

quinta-feira, novembro 28

Por esta altura já teria nomeado uma série de coisas que não me importaria de receber para o natal, mas vá-se lá saber porquê ou talvez o factor casa me esteja a distrair. Na realidade há uma série de coisas que precisaria agora, mas tirando isso apenas uma coisinha não me importaria de receber, mas isso espero um dia receber do meu mais-que-metade portanto não interessa nada. 
Hmmm, a austeridade chegou à minha lista de natal...
E o que se pensa quando uma amiga nos desabafa que não sabe se a relação que tem com o namorado com quem vive se poderá manter-se muito mais tempo. Não se pensa, ouve-se, balança-se daqui e dali para não ser causadora de nenhuma mudança drástica, mas a verdade é que também tem que se ir chamando à atenção. Até que ponto valerá a pena estar com uma pessoa que se apercebeu que afinal a vida de "solteira" (cada um por si, no seu espaço) não dá para o que essa pessoa quer porque acha que em termos "profissionais" digamos poderá não ter tempo para a pessoa.
Pessoas egoístas é o que há mais, e temo que alguém um dia vá olhar para trás e vai perceber a pessoa que poderia ter ainda a seu lado...

quarta-feira, novembro 20

É maravilhoso descobrir artigos destes onde uma blogger quando observava que o seu cachorrinho dormia sempre quando o seu baby decidiu fotografá-los a dormir e o resultado é uma doçura.
Eu conhecendo o gorduxo cá de casa não me admirava nada que algo semelhante acontecesse e sinceramente, assim espero.





quarta-feira, novembro 13

A propósito do São Martinho

As vidas lá por casa andam a p#$% da loucura (para não variar) e fiquei sem tempo de manifestar publicamente o quanto ADORO o dia de São Martinho! Eu defendo que deveria ser feriado nacional e todas as famílias deveriam ligar a isto como a minha liga. Para mim em termos de importância vem a seguir ao natal. Porquê? Na realidade por nada em especial, somente as recordações até há bem pouco tempo neste dia eram recordações tão boas e quentinhas como as castanhas.
Para mim São Martinho era brincar o dia inteiro na escola, sujar as mãos nas cinzas da fogueira da escola e irmos deixar as nossas marcas na cara dos amiguinhos da escola. Era tão gostoso esse dia!
Chegar à noite e ir à porta do lado em casa dos meus avós onde a azáfama era quase tão grande como a da véspera de natal para fazermos o nosso magusto. Como eu gostava daquilo. Era o primeiro dia do ano em que meu avô acendia a lareira, que resultava sempre na sala cheia de fumo, devido aos lixos que se acumulavam na chaminé durante o ano e que era típico da primeira fogueira. Depois era comer a sopinha, e comer a carninha assada no lume dentro do pão, seguido de castanhas (para mim cruas por favor) e certas bebidas que faziam o grupo dos adultos ficar animado. Se fosse em dia antes do fim-de-semana melhor ainda pois permitia-nos ficar até mais tarde, a jogar cartas e na brincadeira de primos. Era tão gostoso esse dia!
Ai recordação mais boa esta, isto dito assim não parece nada de mais, mas a verdade é que o ambiente era tão bom...que saudades que tenho dele. Ele era a cola que mantinha esta família unida e nos eixos, mas já cá não está e resta-nos dar continuidade, mas agora com o novo núcleo familiar que se formou. É também muito bom, embora não seja igual, mas novas recordações têm de ser criadas para manter as antigas acesas.
Tenho saudades dele todos os dias...

terça-feira, novembro 5

Coisas que tenho de ouvir... mas até me divirto

Ainda hoje termino a terça e em cada dia ouvi pérolas maravilhosas, daquelas que me fazem rir e que me lembram que não se vivem apenas desgraças e que só se atura má-educação.

Pérola 1...
Criança de 5 anos com dificuldades na linguagem e na compreensão daqueles mesmo maus. Estamos a trabalhar esquema corporal e faço duas pintas no lugar dos mamilos do boneco. O D. muito indignado diz
- mamas pequenas, as tuas são grandes!
Enquanto tento explicar que as senhoras têm grandes e os meninos pequenas ele salienta que as da mãe são muito grandes associado ao gesto de um grande par, e era um grande par e confere que conheço a mãe e são realmente assim. Agora tão pequeno e já com tanto olho...

Pérola 2...
Criança de 5, uma criatura com dificuldades daquelas. Depois de não sei quanto tempo a bater na mesma tecla em desespero digo:
- Sabes que mais R., vou pedir ajuda a Fátima!
- Quem é a Fátima?
- É a Maria. - digo no gozo e a alminha sai-se com uma maravilhosa.
- Essa é aquela dos copos?!
Sou tão à frente que até já bebo copos com Nossa Senhora e como se não bastasse uma criança genuína é a primeira pessoa a dizer-me o tamanho das minhas boobies é grande.

sábado, novembro 2

Coisas que me acontecem e que me dão vontade de andar com um bastão com espigões *3

Fomos num instante ao shopping para comprar ração para o mais novo que ia também connosco no carro. Parámos o carro no parque interior e eu fiquei com o Pierre a aguardar que o N. trouxesse a comidinha do pequeno. Enquanto aguardava chega um grande carrão com um tipo todo do estilo que pára mesmo no lugar dos deficientes. Subiu logo um calor por mim acima e fiquei a torcer que pelo menos ele saísse a coxear, mas não, nada, nem um desvio ligeiro. Nisto abro a porta e sentada ainda dentro do carro, digo alto ao tipo "é lugar para deficientes". Ele depois de voltar atrás para perceber o que lhe estava a dizer e percebendo que o estava a chatear disse-me que era "só um minuto, não me demoro", claro está que me pus a refilar e ele virou costas e pôs-se a andar. Sorte a dele que tinha o Pierre comigo e não dava para sair assim. Um minuto logo a seguir e pára no único lugar vago ao lado para deficientes um outro carro com um tipo enorme. Esse saiu de tal maneira apressado que nem me deu tempo de refilar com ele também. Verdade foi que se passaram mais de 6 minutos e nem ver o tal tipo de "só um minuto", deve ter ficado a jantar com o anormal que saiu a seguir que eram os dois do mesmo género, no estilo e acima de tudo na estupidez. Honestamente, haviam mais lugares por perto, ainda para mais eram dois tipos que estariam nos 30 anos, que custa deixar o carro 3 ou 4 lugares mais longe?! Tira-me do sério e depois ainda queria deixar-lhes um recadinho a dizer poucas e boas, mas estava sem caneta.
Só sei que um destes dias ainda apanho!