Esta história dos bolos tem muito que se lhe diga. E tenho pensado e pensado e falado com o N. e com a C. e eles têm-me impulsionado a fazer uma página para tentar levar isto dos bolos um tiquinho a sério. Confesso-me aterrada com a ideia, longe de ser cake design, sei que não sou boa, mas acho que me safo relativamente bem e como tal e acima de tudo porque me divirto um molho gigante vou arriscar. 

Que trabalho dá levar isto um pouco mais sério?!

Mas a verdade é que queria um nome e tem-se pensado e pensado e nada demasiado genial. Como sei que meus amigos vêm aqui por vezes quero pedir ajuda, aos desconhecidos também agradeço. 

Aceito sugestões para nome de página de bolos, mas que tenho algo de cute. Deixem nos comentários please, preciso mesmo de ajuda. 

Se por acaso algum dos nomes for o escolhido ofereço um bolito numa data à vossa escolha. 

Vá, ponham essas cabeças a pensar que a mim já não chega a lado algum!!

Caro Sr. Jerónimo Martins,

Desde que colocou em vigor a sua (ou de alguém que priva consigo) brilhante ideia de pagamentos com multibanco acima de 19,99€ que ainda não tinha ido à sua superfície comercial. Confesso que não tendo ainda se proporcionado, tinha já por uma vez ou outra evitado pois não tinha comigo dinheiro algum. Antes que me encaminhe para a caixa multibanco mais próxima eu digo-lhe desde já que devo ser das portuguesas mais comodistas e fãs do dinheiro plástico. Dinheiro na carteira voa e uma pessoa como eu, sempre a correr de um lado para o outro não está para se maçar com o estar numa fila (extra, diga-se) para levantar dinheiro para depois então proceder às minhas compras. Mas a razão do meu desagrado, é porque gostaria muito que me explicasse uma situação. Tendo hoje, por acaso alguns trocos na carteira e os nossos talões de refeição, lá cedi e fui até à sua loja pois contém um artigo da sua marca que eu aprecio. Estou na caixa a pagar e dou à operadora de caixa um dos meus talões de refeição, não sendo possível obter troco com os mesmo quando a quantia não está certa percorri a minha carteira fazendo figas para ter trocos suficientes para pagar o restante em falta. No preciso momento que pago já descansada à operadora de caixa o valor total vem o sr. Polícia que mantém a segurança da sua loja, avisar a operadora que a única caixa de multibanco do seu espaço e das proximidades já não tem dinheiro. E eu pergunto, se eu não tivesse dinheiro suficiente como seria? Das duas uma, ou deixaria lá itens até perfazer o valor que tinha comigo ou então faria  aquilo que deve ser mais comum, o de comprar até atingir valor para pagamentos multibanco (pois há sempre coisas que não fazem falta agora, mas poderão a vir fazer). Pois eu sei, prefere a segunda não é sr capitalista, mas não sei se tem bem a noção do impacto de que mais uns trocos levantados das contas dos comuns portugueses têm. Confesso-me com pena de si, pois todos os movimentos mixurucas que até então fazíamos nas suas lojas levaram-no à desgraça e a ir comer uma tigelinha de sopa dos pobres todas as noites. Tenho pena de si. Se bem que, pensando melhor talvez até seja um bom samaritano, pois se não há dinheiro nas caixas terão de vir senhores repor esse dinheiro e isso aumentará a necessidade de mais pessoas para fazer esse serviço. Desculpe tudo o que disse, deixe-me agradecer-lhe meu querido pela excelente ideia pois no fundo só queria dar mais postos de trabalho. Já lhe disse o quanto aprecio este seu gesto?!

A apenas sua cliente em caso de extrema necessidade.

Eu

Há mais de uma semana que andava a pensar, ponderar mas sem ter certezas de nada. Ontem depois de me chegar o meu horário para as manhãs para este ano eu enlouqueci e decidi que tinha de dar um rumo à minha vida de uma forma mais drástica. Ponderei, calculei, partilhei a minha angústia e depois de mais calma, já depois de me rebentar uma borbulha na cara reflexo do stress lá me decidi. Peguei no telemóvel e comuniquei a minha decisão.

Espero não me arrepender. Poderia dizer-se que estaria a deitar trabalho fora mas eu não aguento outro ano a dar consultas das 8h às 20h. Recuso-me a passar outra vez pelo mesmo e a perder anos de vida e noites muito mal dormidas. 

Reduzi drasticamente as horas da manhã e hoje estou tranquila, muito tranquila por finalmente pegar nas rédeas da minha vida. Medo esse existe, e se perco as tardes será que vou ficar desamparada?E se, e se, são muitos, mas não quero saber. Eu decidi assim e mais nada, pelo bem da minha saúde física e mental.

Ontem foi dia de dizer Stop!

A ti...

Namorado será que podíamos ter um destes cá por casa?...Please!!!

Segunda aula de ballet.

Cansada, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiittttttttttttttttttttttttttttttttttttooooooooooooooooooooooooooooooooooorelaxada e de alma tranquila. Tranquilidade, gosto de tranquilidade. Jeito para o ballet, talvez daqui a uma década, mas sabe-me bem, muuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiittttttttttttttttttttttttttttttoooooooooooooooooo bem. Quando se faz coisas para tirar algum gozo resulta nisto, tranquilidade e dores. Corpo meio dorido, meio dorido de apenas (ainda) um pouco dorido, porque na realidade é o corpo inteiro que se queixa, até ao peito do pé.

E não é que na próxima semana há feriado?! As coisas lindas que me lembro antes de adormecer.

Casamento do ano

Pára tudo!!

O mundo vai acabar pois estes dois vão-se casar na edição 50. A quem não os reconhece são a Mónica e o Cebolinha.

Estou em choque. 

Muita coisa já escrevi por aqui, coisas boas, coisas menos boas, disparates e coisas sérias. 
Parabéns a mim e ao atulhado!!

Bichezas

Houve um dia que o bichinho surgiu, plantou-se na minha vida e entretanto tem vindo a ser alimentado. Recentemente este bichinho foi alimentado e cresceu, cresceu, como se tivesse evoluído para outro bichinho, é mais uma carraça. É maior, mais forte, mais resistente e está sempre aqui presente. Agora, eu não sei bem como lidar com este bichinho. Sinto que devia aprender mais para o alimentar e dar resposta à sua necessidade. A verdade é que o n. também ajuda a alimentar este bichinho e...

...Bolas!

Por um lado quero (muito) continuar a alimentá-lo e permitir crescer até ganhar asas e voar até ao infinito e mais além, por outro lado não sei se não deveria ficar sossegadita e matar o bichinho de uma vez por todas para não sofrer nenhuma desilusão?!

Geração Rasca

Na Grande Reportagem da SIC falam de como o país estava há 28 anos. Falam das coisas boas e das menos boas da época. Quem tal comigo cresceu com esta sociedade deparou-se com o Vitinho (até aí tudo bem), passámos para o Dragon Ball (ai minha nossa que é desta que nos desgraçamos), depois fomos atentados pelo Erotic da Madonna (promíscua esta geração), ouvimos música do Marilyn Manson (eu cá não, Deus me livre e guarde) e continuamos o nosso desenvolvimento na era dos reality shows.

O que somos hoje? 

(Tirando as ovelhas negras do rebanho) Somos a geração mais formada do que nunca, mais informados, mais viajados, menos independentes, o nosso país não nos permite ter a independência e autonomia financeira que as pessoas da mesma idade que nós tinham há 20 anos atrás. 

Mas eu sou um ser esperançoso e acredito que embora há uma década atrás nos tenham chamado a Geração Rasca e actualmente chamam-nos À Rasca, eu acredito que somos a geração das mais lutadoras e reinvidicativas. Se assim continuarmos talvez seguimos a bom porto. Esperemos para ver, mas não podemos esperar sentados que alguém faça. Temos de sair das nossas áreas de conforto e procurar mais alguém e novas alternativas para levar este que é o nosso país à frente. Eu não quero sair de Portugal, o nosso tempos é tão gostoso, a luz de Lisboa tem um encanto especial, as minhas pessoas estão todas cá, a minha língua é das mais interessantes de se falar, a comida é das melhores, não tenho porque sair do país para procurar melhor trabalho. Sim arranjo melhor trabalho e depois, o resto que faz as nossas vidas?! 

Ontem foi a primeira aula de ballet. 

Como correu?...comédia, é a palavra que melhor a define. Montes de palavras em francês para coordenar com os braços, pernas, pés, postura and so on...

Mas acima de tudo diverti-me.

Hoje será dia de workshop de bolos e confesso-me em pânico. Temo não estar à altura do nível que hoje vai ser pedido.

É hoje!

É hoje!!

É hoje!!!

Monte de questões invadem-me a mente. Será que vai correr bem? Será que vou gostar? Será que vou ter algum jeito? Será que há muita gente e será que têm demasiado jeito?

Epá, é hoje!!!!

Há dias em que estou capaz de dar a volta à casa. Hoje em menos de nada fui ao ikea buscar três itens que nos estavam a fazer falta e dei a volta à dispensa e ficou impecável. A sério, acho que devia existir uma forma de rentabilizar este meu gozo em organizar coisas desarrumadas.

Noites mal dormidas

É de enlouquecer o tapa, destapa e volta a tapar, e volta a destapar e passa-se a noite neste festival sem pegar no sono a 100%. Depois é o barulho aqui, um carro acolá.

Irra que hoje já é segunda-feira.

Ontem foi dia de manifestação, de manifestarmos o nosso desagrado. E correu bem, com uma adesão gigante e longe dos típicos manifestantes hippies e rastas. Havia de tudo, muito heterogénea do tipo de pessoas e das faixas etárias, foi a verdadeira manifestação da família, era ver crianças pela mão, bebés em carrinhos, pois é de todos nós e do futuro das gerações seguintes que isto se trata.

Perante tudo que nos tem sido apresentado e mais o que virá mais do que nunca é altura de mostrarmos o nosso desagrado e ontem resultou. Se serviu para acordar os nosso políticos, não me parece, acho que foi para o lado que dormiram melhor, mas pelo menos sabem que a apatia portuguesa começa a terminar.

O ano passado por embirração minha não fui e fiquei em casa arrependida da decisão. Este ano já tinha decidido que ia e ia e nada me demovia. Afinal já não vou, ficarei em casa a lamber as feridas causadas por um coelho que me força a contenção económica. Raios parta à isto tudo...

Férias *2

Pois bem, relativamente às nossas férias. Correram muitooooooooooooo bem. Souberam muito bem, pois foram basicamente dormir, comer, praia, comer, piscina, comer, mais praia/piscina, comer, e não fazer nada. Foram as férias do não fazer nada como tanto já precisávamos. Nós até há algum tempo que nos fazia confusão gastar dinheiro em férias de não fazer nada, mas a verdade é que água como aquela não temos cá e portanto lá aproveitámos a bela da promoção. A quem achava que estávamos a arriscar ir para um 3 estrelas na Tunísia, pois bem, não houve risco algum. O hotel era óptimo, não era 5 estrelas, mas deu perfeitamente para as nossas necessidades. Tirando as melgas (que fazem parte das espécies daquele país), houve sempre comida, bom tempo (mesmo estando no Inverno tunisino) com muito calor até à noite, água quente e uma experiência cultural para não esquecer.

Andar pelas ruas, sair do hotel, andar de táxi (a preço da chuva), andar de boleia, regatear...muitas recordações boas e colocá-las todas aqui é impossível. De salientar os olhares que percorrem as mulheres europeias, alguma confusão em ver as mulheres tunisina e especialmente as libanesas a tomar banho vestido e algumas delas com fatos de banho da cabeça aos pés, até a cobrir os cabelos.

Ir no ferryboat para chegar ao continente foi uma experiência e tanto, chegar ao deserto é algo que nos invade e que nos apercebemos o quanto somos pequenos no mundo. As fotos não fazem jus à magnitude do que observávamos e andar de dromedário na entrada do Sahara...pois, é uma experiência e tanto.

Na praia via-se de tudo, camelos, cavalos (até mesmo dentro de água)

As motas tunisinas, dignas do ferro-velho, esta era a do padeiro.

Entrada do deserto do Sahara, sorte a nossa que o dia estava fresco (sendo que fresco significa, não muito quente)

 Especiarias e mais especiarias, de cores e cheiros.

A nossa praia em Djerba

Eu em modo obesa em cima do meu dromedário.

Djerba um óptimo destino, recomendo!

E hoje é dia de voltar ao trabalho...depois de umas férias maravilhosas e mais 2kg é altura de voltar à realidade, por muito que me custe.

Chego a Lisboa e nos blogues não se fala de outra coisa. Anda tudo a correr e degladiar-se por uns ténis zara com salto alto e com um ar super-grosseiro. A mim ninguém me apanha com nada nisso nos pés. Depois das Lita vem esta nova febre. Aguardo para ver de que forma as fashionistas e respectivas cópias irão incluir este horrível calçado nos seus modelos.

O Quarto de Jack

Este foi o livro que me acompanhou durante a minha estadia por terras tunisinas. Se achava que o livro era uma coisa, rapidamente se revelou outra. Foi uma deliciosa surpresa. Se por um lado horripilante, por outro a doçura e a inocência de uma criança. 

Recomendo vivamente. Num estilo e numa perspectiva pouco comum, um livro e uma realidade assustadora para todos vista pelos olhos de uma criança.

E ontem já ganhei (temporariamente) mais três livros para ler. Estou tão curiosa...

Chegados da nossa tão ansiada viagem e já a pensar nos próximos destinos...

Férias