quinta-feira, outubro 6

Cada vez mais descontente com o mundo do trabalho ando que a modos em ponto de rebuçado. Tiram-me do sério inúmeras situações. 
Nem falando da minha situação actual que já esteve melhor, tenho a plena noção do que é frustrante ao fim de quase 4 anos de curso finalizado não haver aquela estabilidade profissional que seria esperada.
Ultimamente só oiço que de trabalho ou não há ou é precário (eu estou no meio das duas, tenho de tudo para não me aborrecer), ou então as pessoas querem seguir com as suas vidas e neste momento nada lhes é permitido.
Se umas pessoas querem algo tão simples como sair de casa, não lhes é permitido pois o que se ganha não permite tamanha façanha...
...depois venham cá dizer que os jovens portugueses são os que saem de casa mais tardiamente, mas facilitar as coisas tanto para o arrendamento como na estabilidade profissional, chapéu...aguentem-se à bomboca!
Por outro lado, outras pessoas já com casa e algumas casadas querem algo tão simples como constituir família e não podem, ora porque o ordenado não estica, mas acima de tudo porque as entidades patronais não dão segurança para que as pessoas saibam que mesmo passando por licenças sem vencimento têm o emprego no local onde deixaram. Mas como isto tudo começa a ser uma grande utopia depois vêm de lá os senhores importantes dizer que o país está envelhecido, ora pois claro. 
Eu não tenho esta ambição por agora,  nem tão cedo, mas e quem tem? Até quando estão as pessoas impedidas de seguirem as suas vidas, sonhos e ambições em prol do trabalho?! Até onde tem o país que chegar para os senhores perceberem que se isto continuar assim vamos todos desertar para países onde nos sejam concedidas melhores condições de trabalho e de vida, mesmo que não vivendo como um licenciado. Este é o país dos licenciados "remediados" ou remendados e que vivem sempre na incerteza do dia de amanhã.
Actualmente acho que o lema para os Terapeutas da fala deveria ser, "trabalhamos com crianças, mas não as podemos ter"

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