terça-feira, fevereiro 28

Existem coisas às quais as pessoas se sujeitam que é para lá do suportável, ou então é de mim que tenho pouca paciência para determinadas cenas. Ter uma entidade empregadora que passa a tarde inteira a gritar com os seus subordinados a pontos de a pessoa passar a tarde toda com olhos de choro é algo que me ultrapassa. Até onde vai a capacidade de as pessoas aguentarem isto em anos a fio. Porque raio estas pessoas, que possivelmente até conseguiram arranjar outra coisa não mudam? Porque está difícil? Sim, sabemos que sim. Mas quando ainda se tem uma idade aceitável para o mundo do trabalho e o cargo até é algo pelo qual há sempre necessidade. Fica-se porquê? Porque se vai e vem a pé de casa para o trabalho? Não valeria mais a pena pagar passe e meter-se na camioneta cheia de pessoas estranhas? E a paz de espírito? E o conforto e a vontade de acordar de manhã para o inferno onde está? Onde está o apreço do trabalho? Nada disto existe quando não há respeito pelos empregados. Nem todos nasceram para ser patrões, mas muitos nasceram para serem mandões. Perante isto revolto-me mesmo sem ser comigo. 
Se aguentava face à necessidade? Creio que não. Já aguentei algumas coisas não muito simpáticas, mas nada que se compare com um patrão com o tom sempre alto.
Por estas e por outras que de vez em quando fico cá com uma urticária...

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