quinta-feira, maio 2

Se ignorância pagasse imposto

Passeio ao final do dia...
Chegados ao jardim, olhamos em volta, quase ninguém soltamos o pequeno que caminha pouco mais à nossa frente. Ao longe aproxima-se um senhor, estamos tranquilos que o Pierre já passa pelas pessoas sem querer falar a tudo e todos. Mas o senhor não se cruza connosco e dirige-se a uma árvore e parte um ramo e o nosso orelhudo pensa "Pauzinho, vamos brincar". Corre até ao senhor que o afasta com o pau.
- Não se preocupe que não faz mal.
- Não faz mal? Você não pode andar com ele sem trela. 
- Soltámo-lo um pouco, acha que o soltaríamos se achássemos que iria fazer mal a alguém?! 
- Isso diz você que o conhece. Eu vejo um cão "desses" a dirigir-se a mim, eu sei lá se ele faz mal. Eu bem sei que "esses" cães só são maus conforme os educam...(nem lhe dei tempo de terminar a barbaridade que ia dizer, já eu espumava da boca)
- Este cão NÃO é raça perigosa!! 
- Ai não? (Santa ignorância)
- É um bulldogue francês (nós os dois em uníssono)
- Pois, mas devia meter-lhe um açaime. (Aqui foi a gota de água e já eu tinha os olhos raiados de raiva)
- Não existe açaime para este focinho! Ele apenas dirigiu-se ao senhor porque adora correr atrás de pauzinhos, ele não lhe ia fazer mal.
Nisto o senhor para se livrar do pequeno atirou o raio do pau para longe e pediu desculpa "mas assustou-se". Eu pedi desculpa também pelo susto, mas não peço desculpa pela ignorância. Sei bem que não é legal andar com o cão sem trela mas nem dois minutos e o pequeno foi ter com ele devido ao ramo que achava que era brincadeira. Irrita-me profundamente que as pessoas na ignorância de verem um focinho "estranho" assumam que é perigoso.

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