segunda-feira, setembro 16

Tantas são as vezes que oiço esta frase que já lhe ganhei asco, reina o bom senso que me deixa responder com piada e boa disposição, mas não o faço de bom grado o garanto.
Como é assumido por mim ainda o Pierre não era nascido eu queria muito muito ter um cão em particular, partilhei-o em redes sociais e especialmente no mural do meu mais-que-tudo. Ainda não morávamos juntos já tínhamos nome para ele, a leitura sobre a raça foi acontecendo gradualmente e o fascínio pela mesma foi aumentando da mesma forma. A vida alterou-se um pouco e proporcionou-nos ter o nosso coração-pequenino, o Pierre. Para quem não saiba, desde miúda que desejo muito muito muito ter um cão e nunca mo foi permitido, tendo sempre afirmado que quando tivesse a minha casa que teria um. Tinha a minha casa, tinha tempo, apareceu este docinho "tão desejado". Se estivesse a falar com alguém e (e com toda a certeza) posterior a esta minha expressão vem a tão odiosa frase do "mas quando é que arranjam um filho?"
Vá-se lá saber porquê e de repente as pessoas à minha volta, mais ou menos próximas deram-lhes para isto, para esta pergunta mais idiota de todo o sempre. Porque raio é que se eu gritasse ao mundo o quanto estou apaixonada pelo meu mais-que-metade era uma piegas, se gritasse ao mundo que amo o meu filho todos me aplaudiam, mas se digo que tenho uma paixão enorme por aquele cachorrinho sou olhada com desdém e seguida sempre desta pergunta brilhante. Ao que pergunto, o que há de errado de gostar TANTO daquele cachorrinho? E porque raio é que o facto de gostarmos tanto dele implica que estamos a precisar de um filho? O que tem uma coisa a ver com a outra? Eu nem sequer o considero meu filho. É o meu cachorrinho e o meu coração-pequenino que adoro de paixão pelo ser terno e carinhoso que de facto veio dar outra vida à nossa casa e mesmo às nossas vidas.
Por isso peço a quem lhes sirva a carapuça (a quem aqui passa que é a grande maioria) quando me ouvirem falar babada do meu cão se vos apetecer pensar nisso com desdém, pensem somente para vocês, i don't care! Se pareço louca pois bem que pareça. O facto de amar de paixão o meu cão não faz de mim doida e não faz de mim carente para ter um filho, como se tivesse alguma coisa a ver minha gente...

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