terça-feira, abril 7

Diário de uma Orca 8

É duro quando pensamos na eternidade da morte. 
É confuso quando penso se o meu pai saberá de tudo que aconteceu, de todos os que se despediram dele, das coisas bonitas que ouvi sobre ele.
É horrível quando o único sonho que tenho com o meu pai, oiço-o a falar comigo e vejo-o e de repente não existe e vejo somente uma porta a fechar.
É devastador quando se tenta perspectivar o futuro e ele não está.
Tenho tantas saudades deles que dói por demais tentar levar a vida sem ele cá para estar a meu lado a dar aquela força que apenas ele sabia dar, aqueles conselhos sinceros mesmo que duros de ouvir por vezes.
Questiono-me porque tinha esta provação de acontecer na minha família, tantas famílias desligadas uns dos outros e logo a nós é que isto teria de acontecer. Não compreendo...

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