Querido Pai Natal,


Eu este ano não sei o que há, mas estou pouco inspirada para a tua carta anual. Por norma, por esta altura já tenho a listinha de coisas que tu me podes oferecer, mas este ano não, não tenho nada em especial para te pedir.
Provavelmente, esta incapacidade para te escrever deve-se a durante este ano ter conquistado o que te tinha pedido o ano anterior. Lembro-me de ter pedido que o "perto se tornasse longe" e aqui estou eu de volta a Lisboa, mesmo não sendo nas condições ideais pelo menos estou perto das minhas pessoas. Lembro-me de te ter pedido ainda que me trouxesses aquela pessoa especial, sinceramente, valeu a pena a espera pois não poderia ter tido presente melhor.
Agradecimentos à parte se fizeres mesmo questão de me oferecer algo, podes sempre dar-me:
- um carro, com direcção assistida, vidros eléctricos que não se avariem a cada instante e que tenha uma cor discreta entre o preto e o cinzento escuro;
- uma casa, não precisa ser muito grande, apenas um cantinho confortável e quentinho e serei feliz;.
- uma petrolífera, como as outras duas me parecem de difíceis de concretizar tão cedo, nada como ter uma petrolífera para poder abastecer o meu carro alcoólico e também para juntar dinheirinho para depois comprar a casa.