terça-feira, abril 6

Oiço aquele som que me foi tão familiar durante toda a vida e hoje me cria uma esperança vã de te voltar a ver e ao mesmo tempo uma mágoa. Ainda hoje não sei lidar com a tua ausência, sei que é recente...e se calhar até sei...à minha maneira. Se bem que muitas vezes esta minha maneira quando deparada com a realidade me choca e me deixa numa profunda letargia. Por vezes confundo a minha mente e a saudade mentalizando-me que te ausentaste por algum tempo ou até que nunca exististe e não passas de uma recordação boa. Mas não, a realidade é que tu exististe e recordo-me bem de ti, ainda consigo ouvir a tua voz e sentir os teus passos a subir a escada e sinto uma saudade mais que muita. Continuo na esperança de te encontrar na rua a passares por mim a acenares-me na tua mota com aquele ar tão patusco que te caracterizava. Hoje visitei-te, naquele sítio onde o teu corpo permanece e sinceramente tudo não passa de um sítio. Para mim na realidade não estás lá. Estou confusa e por vezes em estado de negação, mas neste momento é a melhor forma para mim de levar a vida. Só me arrependo da minha impotência...

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