quinta-feira, março 19

Palhaça em combustão

Isto de ser terapeuta é muito giro e eu realmente gosto do que faço, mas ter que mostrar que estou bem e que nada me abala é o que me tem esgotado mais. Além da falta de energia como seria de esperar nesta nova fase sinto que o que tenho e o que não tenho me é sugado de cada vez que planto o meu sorriso habitual e tento transparecer a minha boa disposição como o faria anteriormente a tudo isto. E isso, drena-me a cada sorriso, a cada ar que faço de fresca e fofa. Se já antes achava que ser palhaça era esgotante neste momento é dilacerante. Não que eu sinta vontade constante de lamber as feridas e de carpir as mágoas, mas o facto de ter que mostrar o oposto de que estou optimamente bem embora o meu mundo esteja às avessas e que "não se preocupem continuo igualmente fofinha e super profissional" destrói-me e corrói ainda mais na ferida aberta que trago comigo.

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