segunda-feira, outubro 20

Mente vs Razão

Uma pessoa amiga, não de há muito, confessou-me ter um comportamento obsessivo-compulsivo de se limpar e limpar tudo à sua volta, chegando ao ponto de gastar vários frascos de álcool numa unica semana e começar a fazer feridas nas mãos.

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo surge quando se tem pensamentos estranhos que não se conseguem afastar. Quando esses pensamentos estão fora de controlo obrigam uma pessoa a executar comportamentos e rituais como forma de controlarem esses comportamentos. Este TOC é caracterizado em muitos casos pela lavagem constantes das mãos, verificar se janelas e portas estão fechadas, se os objectos estão organizados simetricamente, entre outros. As compulsões ou comportamentos são usados na tentativa de aliviar o sofrimento causado por essa obsessões, permitindo um alívio no momento para a ansiedade que o indivíduo sente.

De acordo com os peritos, o tratamento de eleição para o TOC é a terapia cognitivo-comportamental. Os medicamentos podem ser um complemento ao tratamento, reduzindo parcialmente os sintomas de forma eficaz.
A terapia tem o objectivo de conseguir tolerar quando os comportamentos rituais não são realizados. À medida que os rituais deixam de ser realizados, as obsessões vão desaparecendo também. Uma boa parte da terapia consiste em reforçar o lado “racional”, contrapondo-se à irracionalidade das obsessões. O indivíduo vai tendo uma ideia mais clara que não é ele que deseja executar os rituais, mas o TOC que leva a tal comportamento.

A terapia cognitiva-comportamental centra-se naquilo que acredita que o comportamento obsessivo significa e no comportamento de resposta ao pensamento. À medida que compreende que o pensamento pode não significar aquilo que pensa, a resposta emocional torna-se menos intensa e diminui a vontade de evitar ou de realizar uma complisão.

Nunca se deve esperar que os sintomas do TOC desapareçam espontaneamente sem tratamento, pois é improvável que isso aconteça e frequentemente, eles agravam-se com o decorrer do tempo.
A ti, a quem por vezes os pensamentos "maus" invadem e tomam conta de ti, lembra-te são apenas pensamentos, não fazem mal a ninguém. Procura quem te consiga ajudar e cerca-te de bons amigos, pois ainda tens uma longa vida pela frente para desistires dela já!

Dedicado ao meu novo irmão.

2 comentários:

Anónimo disse...

Toda a razão : ) mas eu tenho a certeza que essa pessoa vai-se deixar ajudar e vai conseguir superar tudo isto. eu acredito nessa pessoa =) e já agora: obrigada por me ajudares a apoiá-lo e por o pôres a sorrir ;)

Jerónimo disse...

Essa pessoa pode sentir medo.
Mas tenho a certeza que essa pessoa tem o apoio necessário!